Turismo Titulo Capital multifacetada
Cheia de atrações, Santiago oferece opções o ano todo

Com praias, montanhas e vinícolas centenárias, capital do Chile recebem brasileiros de braços abertos

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
10/01/2019 | 07:00
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Ari Paleta/Divulgação


Embora seja um país pertinho do nosso (a quatro horas de viagem de São Paulo), e de sempre conhecermos alguém que já esteve por lá, o Chile nunca despertou tanto interesse nosso nem nunca recebeu tantos brasileiros. Em tempos de dólar nas alturas, na casa dos R$ 4, e euro ainda mais, quase beirando R$ 5, os olhos se voltam às opções vizinhas, e fatores como modernidade, educação, limpeza, boa comida, montanha e mar próximos à capital Santiago, e oferta hoteleira de dar gosto (e agradar a todos os bolsos) têm elegido o país como o próximo destino a ser desbravado.

Dados do Booking.com mostram que a cidade foi o terceiro destino mais procurado pelos brasileiros em 2018, e só ficou atrás de Lisboa (Portugal) e Buenos Aires (Argentina). O site, que faz ponte entre hotéis e viajantes, até listou as 30 hospedagens mais reservadas em Santiago para ajudar.

A passagem aérea, de fato, tem um custo tentador, ainda mais com a recente entrada da companhia chilena de low-cost (baixo custo, que não inclui bagagem despachada) Sky no mercado brasileiro, em 17 de dezembro, o que jogou ainda mais para baixo os preços. Para voar até Santiago, desde São Paulo, o desembolso varia de R$ 600 a R$ 800 – cifras que cabem, muitas vezes, nos pontos acumulados pelo cartão de crédito (é possível conseguir com 20 mil milhas ida e volta).

Há que se ponderar, porém, que Chile não é um país barato. Passa longe disso. Para se hospedar, devido à larga disponibilidade de hotéis, o turista sempre vai encontrar um que o agrade e não pese no orçamento. Já para se alimentar, conhecer atrações turísticas e fazer passeios guiados, o valor sobe um pouco. Para aliviar o bolso, vale intercalar refeições com fast-food, aos montes pela cidade, nos quais se gasta entre 3.000 pesos (R$ 17) e 5.000 pesos (R$ 28); andar de metrô, uma vez que a capital é muito bem servida pelo meio de transporte, e no horário de pico chega a 800 pesos (R$ 4,50) – lá, o valor oscila conforme o horário e a demanda, e para acessá-lo é preciso adquirir o cartão bip! por 2.000 pesos (R$ 11,30); e usar Uber, que mesmo não sendo regulamentado, funciona bem. No fim, uma coisa equilibra a outra e a viagem sai do papel.

Quem pensa que o país só tem seus encantos no inverno, se engana. O verão é delicioso por lá, e garante paisagens tão lindas quanto (e até um pouquinho de neve mesmo no calor) – o que, inclusive, rende motivos para outras tantas viagens ao destino, de tão multifacetado que é.

RECONHECENDO TERRENO - O voo para Santiago é atração à parte. Portanto, se conseguir viajar durante o dia e sentar-se do lado esquerdo da aeronave, na janela, o espetáculo é garantido. Mesmo nesta época do ano, a Cordilheira dos Andes ainda mantém neve em seu topo, e o avião passa baixinho – pilotos costumam avisar quando passamos por ela. É emocionante. Ao desembarcar, para chegar ao hotel, o ideal é contratar transporte de vans, que levam vários turistas ao mesmo tempo, até porque sai mais em conta e é mais tranquilo ir com alguém que te deixe com as malas na porta do seu hotel. Dá para contratar no próprio aeroporto ou desde o Brasil, o que tem sua taxa de serviço, mas é mais cômodo, e ainda é possível parcelar, caso precise. Na volta, um Uber resolve. Para efeito de comparação, foram gastos 18 mil (R$ 101) por pessoa com transfer – parcelado pelo Decolar.com; à vista, varia conforme o destino, mas é possível sair por 7.600 (R$ 43) e 14 mil (R$ 79) no Uber.

O ideal é deixar esse primeiro dia para reconhecer o terreno. Conhecer o bairro onde vai se hospedar, trocar dinheiro, e planejar melhor o roteiro para os próximos dias. O câmbio, aliás, deve ser feito em solo chileno, onde é bem mais vantajoso do que aqui. Para se ter ideia, enquanto a cotação no Brasil era de 140 pesos a cada real, lá subia a 160 em casa de câmbio no Patio Bellavista, e chegava a 177 nas lojas da Calle Agustinas, no Centro, onde há as melhores cotações. No entorno do metrô Los Leones e na Av. Pedro de Valdivia, em Providência, era possível conseguir 172.

Em quatro dias dá para degustar o que Santiago e arredores podem oferecer. Mas o ideal é uma semana, para conhecer o local com calma e curtir a piscina do hotel, já que no verão só anoitece às 21h – muitas com vista panorâmica. Gracias Chile e boa viagem!
 




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