Sebastian Vettel esteve muito perto de conquistar a pole position para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Entretanto, o ímpeto em alcançar o primeiro lugar lhe custou caro – pelo menos no bolso. Isso porque o alemão da Ferrari descumpriu uma regra da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) ao ser submetido a pesagem do carro durante o treino classificatório e correu risco, inclusive, de perder posições no grid ou ser desqualificado. No fim das contas, após se justificar aos comissários e passar por julgamento, o piloto foi multado em 25 mil euros (cerca de R$ 105 mil) e levou uma bronca pela atitude.

Ao fim do Q2, Vettel foi chamado para efetuar pesagem obrigatória. Entretanto, contrariando o regulamento, ele não desligou o motor. Por conta disso, os comissários reportaram que o alemão danificou as balanças e passaram a investigar o caso. O piloto, no entanto, tentou se esquivar quando questionado logo após descer do carro. “É melhor eu não dizer nada. Não acho que eles deveriam ter nos chamado. Com as condições mudando assim, acho que é injusto eles pedirem para alguém entrar. Apenas queria ir logo”, justificou o alemão, que tentava fugir de eventual chuva, que ameaçou durante todo o dia, cair em Interlagos – e, de fato, começou logo após o encerramento da classificação, durante as provas da Porsche Cup.

Aliás, quem torce por chuva hoje no GP do Brasil – a previsão aponta que isso pode acontecer – é Max Verstappen, que em 2016, durante o dilúvio que assolou a etapa brasileira, deu show de pilotagem. “Se começar a chover acho que pode jogar (a corrida) nas nossas mãos”, declarou o holandês. “Fizemos o melhor que pudemos, que foi (classificar) em quinto, então estou feliz com isso”, completou o piloto da Red Bull.

BOTTAS

Pole position no Brasil em 2017 e em busca da primeira vitória nesta temporada, o finlandês Valtteri Bottas se mostrou decepcionado em largar na terceira colocação na corrida de hoje. “As diferenças aqui são pequenas. Acho que a pole estava lá para eu pegar, mas não consegui”, disse.

ALONSO

Apesar da classificação apenas no 18º lugar, o espanhol, em busca da Tríplice Coroa do automobilismo, anunciou ontem que participará das 500 Milhas de Indianápolis de 2019 com um carro da McLaren. A equipe inglesa já venceu a prova em 1972, 1974 e 1976.

Estrelas desfilam pelo paddock e esbanjam simpatia com os fãs

Se o acesso aos pilotos da Fórmula 1 não é dos mais fáceis – eles estão sempre apressados, mas alguns ainda param para uma ou outra foto –, diversas estrelas do automobilismo nacional e internacional marcam presença em Interlagos, com muita simpatia e atendendo aos pedidos de registros e autógrafos dos fãs.

Aposentado da Fórmula 1 em 2017, Felipe Massa – que vai comentar a corrida pela TV Globo – é um dos mais assediados, a exemplo de Emerson Fittipaldi, que não escondia o sorriso no rosto um dia após ter o neto, Pietro – também presente –, confirmado como piloto de testes da Haas para 2019. Felipe Nasr, Luciano Burti, Átila Abreu, Cacá Bueno e outras figuras da Stock Car e demais categorias do automobilismo brasileiro também compareceram. Entre os estrangeiros, destaques para Jacques Villeneuve e Damon Hill, que são comentaristas.

PÚBLICO

As arquibancadas de Interlagos não estavam lotadas ontem, mas receberam bom público. Ainda há ingressos à venda (nas bilheterias) para hoje.

Público deve preparar o bolso caso queira levar recordação da F-1

A Fórmula 1, por si, já é um evento marcante. Assistir as máquinas acelerando no Autódromo de Interlagos, estar a poucos metros de grandes pilotos e vivenciar tudo o que está envolvido fica para sempre na memória. Mas para quem quer levar algo a mais como recordação, deve preparar o bolso: as lojas têm ofertas a altos preços – mas nada de surpreendente para quem pagou, no mínimo, R$ 710 em um ingresso inteiro para o setor mais popular.

O presente mais barato encontrado foi um squeeze a R$ 20, enquanto o mais caro foi uma jaqueta oficial da Ferrari por R$ 1.500. Outras opções são caneca (R$ 50), chaveiro (R$ 40), cordão para crachá (30), réplica decorativa de Interlagos (R$ 86,90) e bonés (a partir de R$ 90). Para quem é fã de Ayrton Senna, a loja oficial do ex-piloto tem muitos itens – adesivos e camisetas eram os mais concorridos.

Um lounge na parte interna ainda promovia o documentário O Patinho Feio, sobre quatro amigos que em 1967 construíram um carro – que está exposto – em 21 dias para participar dos 500 quilômetros de Brasília.