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Presos ficam acorrentados em banheiros de delegacia
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02/06/2005 | 00:02
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O promotor de Justiça de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, Cristian Oliveira, protocolou nesta quarta à tarde uma ação civil pública contra o Estado pedindo a interdição da única cela da delegacia de polícia local. Há mais de um ano a unidade enfrenta superlotação e fugas. Atualmente três homens são mantidos acorrentados, trancados em um banheiro, e três mulheres em outro banheiro.

Em maio foram registradas duas fugas e várias tentativas. Para amenizar a situação, há uma semana os 13 homens e uma mulher detidos na cela, com capacidade para apenas duas pessoas, foram transferidos para o Presídio Regional de Joinville, a distante 50 quilômetros. O problema se resolveu por dois dias. Mas novos detidos chegaram e, como a cela começou a ser reformada, o delegado Ivan Brandt diz que não tinha onde colocar o s presos.

A solução foi deixá-los, com os pés acorrentados, no banheiro da delegacia. Nos dias seguintes, novas pessoas foram detidas, piorando ainda mais a situação. Atualmente seis pessoas estão presas, acorrentadas em dois banheiros. Os funcionários, já revoltados com a insegurança, circulam armados dentro da unidade. São Francisco do Sul, localizada no litoral, a 200 quilômetros da capital catarinense, tem 36.700 habitantes. O promotor Cristian Oliveira pede que a cela atual, mesmo em reforma, seja interditada e todos os presos transferidos para presídios da região. Ele exige que o presídio de Joinville, que hoje reserva 40 vagas para a comarca de São Francisco, disponibilize mais espaço. O juiz da 2ª Vara Criminal de São Francisco, Osmar Tomazoni, deve avaliar a ação nos próximos dias.




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