O PSB de Diadema ratificou o posicionamento de que, se não indicar o vice na chapa de reeleição do prefeito Mário Reali (PT), terá candidato próprio na corrida majoritária da cidade. A decisão foi garantida em reunião na noite de quarta-feira, dois dias depois do primeiro encontro entre a cúpula petista e o arco de alianças.

Os socialistas não abrem mão de manter o posto, hoje ocupado pelo ex-prefeito Gilson Menezes (PSB). Contudo, a sigla não goza de prestígio junto ao bloco governista e também está indefinida com relação ao nome a ser apresentado para apreciação da ala situacionista. O presidente do PSB e secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson, também pleiteia a vaga e até sugeriu realização de prévias socialistas contra Gilson para definir o imbróglio.

Oficialmente, o PSB alegou que a postura adotada é fruto de resolução nacional, que determina que a legenda lance candidato a prefeito ou vice em cidades com mais de 200 mil habitantes - caso de Diadema. Porém, o que se comenta nos corredores do Paço é que a reafirmação da atitude é estratégia para reverter uma possível derrota na continuidade da vice.

"Não tem motivo para retirar a vice da mão do PSB. O que desabonou o partido? Temos sido parceiros do Mário, caminhamos juntos pela reeleição dele", disse Adelson, que negou que o posicionamento significa faca no pescoço do PT para manter um socialista no cargo. "Deixei claro para o Mário que temos uma resolução a cumprir. Que justificativa darei às executivas nacional e estadual se perder a vice e não lançar candidato próprio como eles determinaram? Seria execrado."

Na segunda-feira, Adelson repetiu o discurso ao denominado G7, grupo de siglas de apoio ao prefeito formado por PR, PPS, PDT, PSB, PMDB, PCdoB e PT. Os demais partidos não endossaram coro à reivindicação socialista, não sustentaram a manutenção de Gilson no posto e reforçaram nomes próprios para a vice. O PR indicou o empresário Osvaldo Basso, o PPS não descarta o vereador João Pedro Merenda e o PMDB quer Cida Ferreira. PCdoB e PDT ainda estudam o posicionamento.

"Vejo que cada um defende o próprio pão. Sei que a disputa não é fácil. Respeito todos os nomes colocados, mas queremos a vice. E vamos intensificar isso junto aos aliados, mostrando que o PSB tem militância, poder político e nomes que vão ajudar o Mário a se reeleger", garantiu Adelson.