Terminou nesta sexta-feira a Cúpula do G8, iniciada na quarta-feira e com a participação dos membros dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia, de representantes da União Européia e chefes de Estado de alguns países convidados, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os principais temas da Cúpula este ano eram a pobreza na África e as mudanças climáticas no planeta, mas o atentado em Londres na quinta-feira voltou a chamar todas as atenções para o terrorismo.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, atual presidente do G8, afirmou nesta sexta-feira que "não há esperança para o terrorismo" e adiantou o encerramento da reunião para que pudesse retornar a Londres.

Uma das principais resoluções anunciadas por Blair no último dia foi o comprometimento de ajuda à Palestina. O G8 dará US$ 3 bilhões para a Autoridade Palestina nos próximos anos. "O pacote de ajuda está destinado para que os dois Estados, Israel e Palestina, dois povos e duas religiões, possam viver lado a lado e em paz", afirmou Blair.

O premiê informou também que o G8 concordou em aumentar a ajuda à África em US$ 50 bilhões. "O acordo não significa o fim da pobreza na África, mas é uma esperança de que possa ser erradicada", assegurou Blair, sem dar detalhes sobre o plano de ajuda ao continente africano.

Tony Blair disse ainda estar consciente de que a ajuda financeira não é suficiente e assegurou que é necessário cancelar a dívida dos países africanos.

Clima - As potências disseram-se dispostas a atuar sobre o clima para frear e inverter o aumento da emissão de gases de efeito estufa. "Sabemos o suficiente para atuar agora no caminho para frear e, se a ciência justificar, parar e reverter o crescimento dos gases de efeito estufa", destacou a declaração final da cúpula do grupo.

Os representantes do G8 reconheceram que a demanda global de energia vai aumentar em cerca de 60% nos próximos anos e que o aumento está diretamente relacionado à mudança climática.