De olho no transito Titulo
O labirinto metropolitano

A movimentação cotidiana no espaço metropolitano é uma evidência clara das dificuldades enfrentadas na vida urbana

Por Cristina Baddini
19/06/2009 | 00:00
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A movimentação cotidiana no espaço metropolitano é uma evidência clara das dificuldades enfrentadas na vida urbana. A segmentação entre os locais de moradia e de trabalho se estabelece por lógicas distintas neste imenso aglomerado urbano que convive diariamente com os deslocamentos entre as várias cidades da Grande São Paulo. Se observarmos a qualidade, a extensão e a complexidade da malha viária constataremos a dificuldade para se localizar nos caminhos que não fazemos diariamente.

Grande comutação diária de pessoas
O Grande ABC recebe diariamente milhares de pessoas que viajam com finalidades diversas. Essa população flutuante enfrenta caminhos diversos e é fácil se perder nas viagens não cotidianas. Até taxistas de São Paulo reclamam da dificuldade de circulação no Grande ABC. Esta região em que os deslocamentos se entrelaçam necessita de placas de sinalização indicativa mais adequadas. Indicar os sete municípios e as avenidas contíguas principais de São Paulo é fundamental para tornar mais fácil a viagem das pessoas. Os bairros devem ter sinalização clara de como chegar aos municípios vizinhos. A indicação das principais vias deve estar logo no portal de entrada de cada cidade.

Orientação
A sinalização evita que os motoristas utilizem caminhos mais longos, rampas fortes e pontos de estrangulamento além de preservar áreas residenciais e o acesso das escolas do tráfego de caminhões e tráfego de passagem. Para ser eficaz e poder ser entendida inequivocamente por todos, a sinalização deve ser definida de acordo com conceitos, usos e colocação uniformes. Isso se obtém utilizando dispositivos em conformidade com o que estabelece o CTB (Código de Trânsito Brasileiro).

Alerta aos prefeitos
O que falta para os municípios da região é um plano de orientação de trânsito regional. Defendo uma política adequada de segurança que busque reduzir a exposição ao risco, à quantidade e à severidade dos acidentes e os danos às vítimas. As prefeituras devem ter como princípio básico as condições de percepção dos usuários da via, garantindo a real eficácia à sinalização.
Também devem ser seguidos os princípios de:

Legalidade (estar de acordo com o CTB);
Suficiência (permitir a fácil percepção do que realmente é importante);
Padronização (situações iguais devem ser sinalizadas com o mesmo critério);
Clareza (com mensagens de fácil compreensão);
Precisão (corresponder à situação existente);
Confiabilidade (ter credibilidade);
Visibilidade (ser vista à distância necessária);
Legibilidade (ser lida em tempo hábil para a tomada de decisão);
Conservação (estar permanentemente limpa, conservada, bem fixada e visível) .
É importante que estes serviços estejam previstos nos orçamentos municipais.

E o Consórcio pode ajudar?
É de se esperar que os prefeitos do Grande ABC se unam para efetivamente contribuir com a diminuição dos efeitos nocivos do trânsito. Espero que o Consórcio Intermunicipal seja um viabilizador de ações conjuntas para a segurança e que crie facilidades na comunicação entre as cidades da região. A má sinalização regional propicia acidentes, gera insegurança e faz com que haja maior gasto de combustível contribuindo assim, negativamente, para o aquecimento global.




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