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Erundina afirma apoiar candidatura de Boulos pelo Psol

Para a deputada, líder do MTST amplia base na disputa ao Planalto

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/12/2017 | 07:00
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EBC


Em atividade realizada na Câmara de Santo André, a deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (Psol) sinalizou apoio interno à candidatura do coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos – ainda sem filiação partidária –, ao Palácio do Planalto. A parlamentar pontuou que é nome importante no cenário e que pode ampliar a base popular da sigla. “Psol já tem base na classe média, universidades, segmento dos trabalhadores. Isso nos dará respaldo e condição de disputa com protagonismo, qualificando debate, com plataforma de projeto de País.”

Erundina acredita em união de movimentos de esquerda ao menos no segundo turno do pleito presidencial. Segundo a deputada, candidata à reeleição, há compromissos firmados para se “reverter processo de destruição depois do golpe parlamentar”. “Existe hoje diálogo muito maior entre forças partidárias, como Psol, PCdoB e até o PT. Atuação bem articulada no Congresso, conseguindo obstruir matérias, fazer com que as coisas não aconteçam no tempo em que eles (governo Michel Temer, PMDB) querem. Tudo isso é fator de aproximação e construção de saídas conjuntas, inclusive, eleitorais.”

A ex-prefeita defende que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha todos os direitos políticos para entrar na concorrência eleitoral, embora considere que a empreitada de 2018 será “oportunidade de outros nomes também se colocarem como alternativa”. “Precipitam decisões, aceleram prazos, há apoio de parte da mídia, em detrimento de processo mais transparente, adequado. É imprevisível (identificar se ele estará apto), uma vez que certos setores do Poder Judiciário se comportam de maneira seletiva.”

A deputada esteve na região para reforçar homenagem ao educador Paulo Freire, morto em 1997. O evento foi marcado no Legislativo andreense visando evitar avanço da proposta de se revogar título de patrono da Educação brasileira a Freire, concedido em 2012. Anteontem, porém, a comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado derrubou o texto. “É vitória frente a essa ideia do MBL (Movimento Brasil Livre).” O caso foi celebrado por conta do arquivamento do projeto do Escola Sem Partido e por manifestações contrárias ao possível título de cidadão andreense ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ). 




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