O Parque das Garças, no Alvarenga, em São Bernardo, está cheio de buracos com vazamentos de água. As ruas do bairro são cheias de remendos e crateras no asfalto, causadas pelos canos que estouram por baixo da pista. "Em termos de serviço, está complicado por aqui. Parece que o pessoal esqueceu do Alvarenga", reclama o vigilante Lúcio Brito dos Santos, 40 anos.

A rua Goiás é um exemplo de descaso. Na parte alta da ladeira íngrime com 50 metros de comprimento, em frente ao número 32, a água brota de uma cratera. "Isso está aí há mais de três meses", conta a dona de casa Maria Rosilene dos Santos, que mora em frente ao vazamento. A água que vem da Goiás desemboca na rua Minas Gerais. Além de lidar com o fluxo que vem da rua de cima, quem passa por ali, na altura do número 136, tem de desviar de um buraco que toma quase metade da pista. Os carros têm de invadir a calçada de Edson José da Silva, 32 anos, que está toda destruída. "Passa carro, caminhão, tudo. A gente precisa fazer um bolo de aniversário para esse buraco, porque ele vai completar um ano em janeiro".

Ali perto, na rua Ceará, o barranco ao lado da pista desmoronou quando um cano da Sabesp estourou, há cerca de cinco meses. A água e o barro invadiram as casas abaixo, como a de Flávio Costa, 27. "Começou com um vazamento pequeno, mas foi aumentando e estourou de vez. Veio um engenheiro da Sabesp e disse que o serviço seria fácil, 'trocar figurinha', coisa rápida. Mas até agora, nada."

Na rua Sergipe, altura do número 163, água brota de dois buracos, um em cada lado da pista. A comerciária Fátima Santos, 45 anos, dona do estabelecimento em frente aos dois vazamentos conta que o fluxo varia conforme a hora do dia. "À tarde vaza pouco, mas de manhã o fluxo aumenta bastante. Faz muito tempo que está isso aí, já saiu muita água desses furos."

A Sabesp diz que os problemas do Parque das Garças são antigos e anteriores ao início das operações da empresa na cidade. Está em andamento um estudo para diagnosticar o motivo dos problemas de encanamento e assim que for concluído, serão feitas obras para corrigi-los. A previsão para essa resolução é o primeiro semestre de 2006. Enquanto isso, a empresa faz obras de reparos nos problemas caso a caso.