A sessão de ontem na Câmara de Santo André foi marcada por manifestações sobre o futuro do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Servidores da autarquia usaram a tribuna para criticar o governo do prefeito Paulo Serra (PSDB).

Entre as reclamações feitas estão a indefinição sobre o futuro da empresa, como a possível entrega dos serviços de água e esgoto para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em troca do abatimento total da dívida da cidade com a estatal paulista e da manutenção de postos de trabalho do Semasa.

Na visão do líder de governo, Pedrinho Botaro (PSDB), o tom das críticas foi exagerado. “O governo é atacado por palavras de ordem como desmonte, mas quando se fala no Semasa, é preciso entender que isso acontece quando a empresa começou a acumular dívidas. Se hoje grande parte das pessoas se preocupa com o Semasa porque não o fizeram quando começou isso? Sabemos que existem pais de família realmente temerosos com seus empregos, mas quando se fala do quadro é preciso ver que quem deu calote não foi o governo Paulo Serra”, defendeu o parlamentar.

Outro tema debatido no Legislativo foi o reajuste salarial do funcionalismo, que, de acordo com a proposta do Paço, deve ter garantida a reposição da inflação de 4,57%.

“Nesse tempo que o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) ficou sem representatividade a conversa ficou mais difícil. Mas com a eleição os debates devem melhorar”, afirmou o líder de governo.

A eleição da nova direção do Sindserv será realizada nos dias 11, 12 e 13 de setembro. A entidade encontra-se em litígio desde o ano passado por divergências internas e atualmente está sem comando. A disputa deste ano conta com quatro candidaturas.