Vinte e três famílias que vivem há 18 anos em um alojamento provisório na rua da Enfermaria, no bairro do DER, em São Bernardo, reivindicam junto à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) a transferência para moradias definitivas construídas pela empreendedora. Essas famílias viviam em situação de risco, sobre oleodutos, segundo a CDHU, e por isso foram deslocadas.

A dona de casa Ana Maria Simões da Rocha, 42 anos, disse que foi cadastrada por funcionários da CDHU em 2000. A moradora conta que funcionários informaram que ela seria contemplada com uma habitação. “Pegaram meu nome, endereço, e deram um número de cadastro para todos nós. Disseram para ficarmos tranqüilos que receberíamos as casas”, disse. A assessoria de imprensa da CDHU informou que o cadastro é apenas controle da demanda local e que, por enquanto, as famílias não estão cadastradas em nenhum programa habitacional. Porém, segundo a assessoria, as famílias do DER serão beneficiadas, seja por habitação ou por obras de urbanização local.

Os moradores temem também que suas casas provisórias, cujo madeiramento já está apodrecendo, desmoronem por conta das obras de construção de um conjunto de prédios de apartamentos feitos pela própria CDHU há alguns metros abaixo do nível do alojamento. De acordo com a assessoria da CDHU, um muro de contenção, que está em obras, evitará desmoronamentos.