Muitas pessoas procuraram os bancos nesta segunda-feira, pensando que o dinheiro já estaria disponível. Porém, apesar de ter liberado R$ 3,5 bilhões nesta 2ª, o saque na boca do caixa ainda só poderá ocorrer a partir de 3ª, já que o pagamento, feito via Doc, requer um prazo para compensação.

Os primeiros a receberem o dinheiro serão os trabalhadores com direito a correção de até mil reais. O ministro do Trabalho, Paulo Jobim, informou que ao todo 17 milhões assinaram o termo de adesão, sendo que, deste total, 13,9 milhões têm a receber até R$ 1 mil.

A partir do dia 19, será a vez dos empregados de empresas que fizeram convênio com a Caixa Econômica Federal para receber a correção na folha de pagamento.

Aqueles que não indicaram uma conta para que o governo efetuasse o depósito receberão o dinheiro ao logo do mês em agências ou correspondentes bancários (lotéricas, supermercados e padarias e terminais eletrônicos) da Caixa. Os trabalhadores que nasceram nos meses de janeiro, fevereiro e março receberão os expurgos em 26.

Já os contribuintes que fazem aniversário entre os meses de abril e junho receberão a correção em 3 de julho. Já aqueles que nasceram entre julho e setembro, em 11 de junho. O restante poderá sacar o dinheiro em 17 julho.

Porém, não será todo o trabalhador que vai poder sacar os recursos. Apenas terão direito ao benefício aqueles que foram demitidos do emprego após janeiro de 89 e abril de 90, os que se aposentaram ou são portadores de doenças graves. Os demais, como aqueles que estavam empregados em 1989 e permanecem no mesmo emprego, vão ter o crédito na conta.

O prazo para aderir ao acordo termina em dezembro de 2003. A adesão pode ser feita nos formulários de papel, disponíveis nas agências dos Correios ou no site da Caixa. O governo propõe correção de 16,64% referentes ao expurgo do plano Verão (dezembro de 1988 a fevereiro de 1989) e a atualização de 44,8% referente ao plano Collor I (abril de 1990).

Informações-A Caixa Econômica Federal já encaminhou 23 milhões de extratos informando os valores da correção do FGTS, mas os donos de pelo menos 60 milhões de contas terão de recorrer aos Postos de Atendimento ao Trabalhador (PAT) para saber quanto têm a receber e quando poderão sacar o dinheiro.

A CEF informou que das 113 milhões de contas que têm direito ao ressarcimento do expurgo, 90 milhões estão com informações incompletas.