Depois de encerrar o primeiro semestre com faturamento de R$ 857 milhões, crescimento real de 5,84% no período, a Coop (Cooperativa de Consumo) direciona o foco de expansão para a Capital paulista ao contratar empresas de geomarketing para encontrar terrenos em São Paulo.

Seis terrenos estão no radar da companhia, que espera encerrar o ano com 30 unidades de distribuição em funcionamento. Segundo o presidente da Coop, Antonio José Monte, está difícil encontrar terrenos para construir, além dos preços se elevarem cada vez mais. A empresa tem R$ 60 milhões em caixa para financiar a abertura de lojas.

O executivo alimenta o desejo de chegar a São Paulo há alguns anos. Regiões que fazem divisa com o Grande ABC, como a Leste têm potencial para receber um supermercado da rede, devido principalmente à alta densidade demográfica.
"Ribeirão Pires é outra cidade que temos interesse, mas não encontramos espaço. Muitas vezes o valor do aluguel pedido pelo terreno é alto, tornando inviável a abertura de uma nova loja."

AQUISIÇÃO
Atento ao crescimento do segmento de postos de combustível entre seus principais concorrentes, a Coop traça planos de fazer sua primeira aquisição nesta área, no Interior paulista. A varejista deverá fazer parceria com a BR Distribuidora, dividindo a marca da cooperativa nos postos de gasolina.

Monte afirma que dessa forma o posto de combustível tem mais credibilidade perante o cliente. "Precisamos mostrar ao cooperado que temos poder, oferecendo a maior quantidade de serviços num único lugar."

A rede tem um projeto parado há seis meses em Santo André aguardando liberação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Na história da Coop ocorreram apenas três aquisições, em localidades como Sorocaba e Tatuí.

PARTICIPAÇÃO
Segundo o presidente da Cooperativa de Consumo, mesmo diante dos 275 supermercados instalados no Grande ABC, a marca detém participação de 24% . Quando a empresa abriu a primeira unidade, em 1954, existiam apenas três lojas concorrentes na região, uma delas era o Jumbo, onde está localizado atualmente o Assaí, pertencente ao Grupo Pão de Açúcar.

No primeiro semestre, a rede teve crescimento real de 5,84%, número superior à média do mercado, medido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), que atingiu 3,8%. A expectativa é encerrar o ano com faturamento de R$ 1,55 bilhão frente ao R$ 1,36 visto em 2009.