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Polícia divulga retratos dos acusados por morte de subtenente
Do Diário OnLine
20/06/2003 | 17:35
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retrato falado A polícia divulgou na tarde desta sexta-feira os retratos falados dos homens que atiraram contra os seguranças do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de quarta-feira, em Utinga, Santo André. As informações foram colhidas em depoimentos de testemunhas. Na quinta-feira, o 2º Distrito Policial da cidade mostrou o retrato falado de um dos suspeitos.

Diferente do que mostrava o primeiro retrato, desta vez a polícia informou que nenhum dos dois assaltantes usava cavanhaque. De acordo com a descrição divulgada, um dos atiradores é branco e o outro, pardo.

Engano - Os dois homens presos na manhã de quinta-feira, sob a suspeita de terem participado do assalto ao carro de Sandro Luiz, foram liberados pela polícia na madrugada desta sexta-feira. Um militar que trabalhava na segurança do rapaz morreu e o outro foi ferido. O cabo Nivaldo Ferreira Santos, que sobreviveu ao tiroteio, chegou a reconhecer os jovens presos na favela de Heliópolis, zona Sul de São Paulo, mas outra testemunha do crime foi determinante para inocentar os suspeitos.

O resultado do exame residuográfico também demonstrou que os irmãos Josevaldo Alves dos Santos, 24 anos, e Fábio Alves dos Santos, 21, não haviam usado revólveres nos últimos dias. As impressões digitais dos suspeitos também não conferiam com as encontradas no carro Astra roubado pelos assaltantes no dia do crime.

Além dos exames, testemunhas forneceram álibis para os dois jovens. Segundo os depoimentos, na hora do crime um dos irmãos estava na escola e o outro estava em casa, assistindo TV com a família.

A mãe dos jovens reclamou muito da ação da polícia. A caseira Ednalda dos Santos teme que seus filhos sejam demitidos de seus empregos por causa da exposição como supostos assassinos. Josevaldo e Fábio passaram 16 horas presos.

Nesta sexta, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou que não houve precipitação no anúncio da prisão dos suspeitos. "Pode ter sido um momento de empolgação, de alegria. Mas não é porque há suspeitos presos que todos os procedimentos serão descartados", disse Saulo. Ele destacou que todos os trâmites necessários para a confirmação das suspeitas foram respeitados e que os irmãos presos erroneamente foram devidamente liberados.

"Gostaria que (a verificação dos suspeitos) tivesse acontecido nas primeiras horas, infelizmente demorou um pouco. Mas ninguém foi esculachado. A polícia prende e solta pessoas todos os dias. É coisa da vida", disse o secretário.

Velório- O corpo do subtenente Alcir José Tomasi, morto pelos assaltantes, foi velado no quartel de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O segurança começou sua carreira no Exército na cidade gaúcha.

O enterro de Tomasi, com honras militares, aconteceu no Cemitério Ecumênico de Santa Maria. O ministro das Cidades, Olívio Dutra, representou o governo na cerimônia.




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