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Piscinão em São Caetano é prioridade
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
24/02/2008 | 07:00
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São Caetano deve ser a próxima cidade da região a ganhar mais um novo piscinão. O governo do Estado planeja a construção em área próxima ao Córrego Jaboticabal, que desemboca no Ribeirão dos Meninos e, em dias de chuva forte, transborda e alaga bairros como Fundação, Prosperidade e Vila São José.

Segundo o superintendente do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), Ubirajara Tannuri Felix, o terreno ideal para a obra fica na divisa entre São Paulo, São Bernardo e São Caetano. “É uma área boa, perto da Uniban e já foi analisada pelo departamento. A viabilização desse reservatório seria uma alternativa para evitar tragédias na entrada do município.”

Na madrugada de sexta-feira, cerca de 500 famílias foram desalojadas apenas em São Caetano por causa da tempestade que caiu sobre o Grande ABC. Os 18 piscinões em funcionamento na região não foram suficientes para conter a força da água. Juntos, conseguem reter 63% dos 7 milhões de metros cúbicos necessários para evitar grandes inundações, segundo cálculos do Plano de Macrodrenagem do Estado.

“Devemos agradecer pelos piscinões que foram construídos na região. Eles têm um comportamento excepcional do ponto de vista da macrodrenagem urbana. Não faz muito tempo que o Paço de São Bernardo ficava alagado com três metros de água. Fizemos 18 reservatórios em dez anos. É preciso mais e o plano está em andamento. Vamos negociar áreas com as prefeituras”, diz Felix.

Apesar de defender a realização de mais obras para completar a capacidade de retenção esperada, Felix reconhece que, sozinhos, os piscinões não conseguem solucionar todos os problemas. “É necessário que se crie permeabilidade no solo. Os órgãos competentes dos municípios também devem impedir que a população continue a despejar lixo nos córregos e bueiros.”

O professor de mecânica de fluidos da FEI, Jorge Giroldo, defende o investimento em frentes alternativas de combate às inundações. “Terá de se cultivar a consciência de que cada pessoa tenha em sua residência um gramado, jardim ou poço que retenha três mil litros d’água. Com isso, talvez não chegássemos aos níveis que tivemos na quinta-feira”, explica.

(Colaborou Isis Mastromano Correia)




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