Política Titulo São Bernardo
Por reparos, Pery tenta acordo com Cronacon
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/02/2017 | 07:00
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O presidente da Câmara de São Bernardo, Pery Cartola (PSDB), espera assinar para depois do Carnaval um acordo para que a Construtora Cronacon se comprometa a reparar danos da estrutura do prédio legislativo, construído pela empreiteira e entregue em dezembro de 2012.

Haverá três laudos que serão debatidos sobre falhas no local: um realizado por técnico da Prefeitura, outro por engenheiro contratado pela Casa e um terceiro, de responsabilidade da empresa. O objetivo é encontrar denominador comum sobre as obras que precisarão ser feitas.

Apesar do pouco tempo de entrega, o prédio apresenta problemas hidráulicos, rachaduras e até mesmo elevadores que não funcionam corretamente. Há também um setor que costuma alagar com fortes chuvas.

“O departamento jurídico da Câmara tem lidado com isso. Acredito que possamos fazer uma espécie de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para que a Cronacon faça as correções necessárias”, disse Pery.

Em janeiro, o tucano assinou termo que declarou a Cronacon como inidônea. Esse rótulo faz com que a companhia fique impedida de concorrer a contratos públicos. Logo depois da notificação, representantes da Cronacon se colocaram à disposição para fazer os ajustes pedidos pelo presidente da Casa. Em troca, solicitavam a retirada da empresa dessa lista de não confiáveis.

O prédio legislativo foi ideia do vereador licenciado Hiroyuki Minami (PSDB), hoje secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura. À época, o projeto era de reforma daquela estrutura, mas a obra envolveu praticamente a construção de edifício. Apesar da polêmica, o tucano bancou a intervenção, que demandou R$ 34,1 milhões dos cofres da Casa. A abertura oficial ocorreu no fim de 2012, às vésperas do fim do mandato de Minami na presidência da Câmara.

A obra segue em avaliação do Ministério Público e do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A ação na Promotoria de São Bernardo foi movida por Júnior Moreira (PSDB), que concorreu a vereador em 2016, mas não obteve vaga. Ainda não houve decisão nas duas linhas de investigação. 




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