Setecidades Titulo Mauá
Polícia prende homem por trabalho escravo
Victor Hugo Storti
Especial para o Diário
24/11/2016 | 07:00
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Edivan Fernandes Cardoso, 49 anos, foi preso em flagrante, na noite de terça-feira, pela Polícia Civil de Mauá, acusado de manter Maria Daiane Santos Andrade, 23, em condição de trabalho escravo.

A vítima, que é natural de Sergipe, disse à polícia que conheceu Edivan por meio de rede social. O homem teria a convencido a vir para Mauá, com as despesas pagas por ele, para morar e trabalhar em suposta empresa de agenciamento de modelos, residência localizada na Avenida Assis Brasil, na Vila Assis Brasil.

Durante os três meses em que viveu no local, Daiane teria sido obrigada a realizar tarefas domésticas e a atuar como vendedora de máquinas de débito/crédito sob ameaça de morte. A vítima teria recebido apenas R$ 100 pelos serviços. Para retornar a Sergipe, a ela teria de pagar dívida relacionada à despesa da viagem de vinda para Mauá ao empregador.

De acordo com a vítima, Edivan disse a ela que só conseguiria trabalhar como modelo se fizesse tratamento para reduzir medidas, procedimento realizado pelo próprio acusado por meio de aplicação de produtos de beleza no corpo de Daiane.

A vítima contou à polícia que, durante o tempo em que conviveu com Edivan, dormiu todas os dias no chão da sala da casa, e que o acusado não a deixava sair para lugares que não fossem próximos à residência. “Eu chorava todos os dias com saudades da minha família”. revelou.

Ainda segundo Daiane, os três meses foram de ameaças e intimidações. “Não consegui avisar a polícia, porque ele me vigiava. Ele ameaçou me matar, ir atrás da minha família e não deixava eu sair. Tive muito medo”, disse.

De acordo com o delegado do 1º DP (Centro) de Mauá, responsável pelo caso, Luiz Alberto de Oliveira, Daiane pediu ajuda a um conhecido, que acionou a polícia.

Edivan já tem passagem pelos crimes de estupro e de estelionato. Além de responder pelo crime de redução a condição análoga à de escravo, o acusado também será indiciado por violação sexual mediante fraude e posse irregular de arma de fogo.




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