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Rua de Sto.André é foco de assaltos
Por Fabio Berlinga
Do Diário do Grande ABC
24/09/2006 | 20:38
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Morar na rua Coronel Seabra, que passa pelas Vilas Marina e Guilhermina, em Santo André, tornou-se arriscado. Os moradores reclamam da falta de segurança do corredor, palco freqüente de roubos e furtos, principalmente de veículos. Os crimes são praticamente diários e acontecem quase sempre na porta de casa.

"Meu filho estava saindo para trabalhar, às 7h. Vieram dois homens armados e levaram carro, celular e carteira dele", conta a moradora T.M.. Sua vizinha, M.V.M., conta que teve o carro furtado duas vezes. "Meu marido estava consertando o portão da garagem e o carro estava em frente de casa. Entrou para almoçar e, quando voltou, meia hora depois, (o veículo) não estava mais lá. Como o carro tem dispositivo que corta o combustível, a polícia conseguiu recuperá-lo não muito longe daqui. Pouco tempo depois, uns dois meses, talvez, estacionei em frente de casa e fui à padaria, a duas quadras daqui. Quando voltei, cinco minutos depois, tinham levado o carro de novo", reclama.

Em outro trecho da rua, próximo ao cruzamento com da rua Amambaí, mais casos semelhantes. E.D.G é manicure e atende em casa. Duas de suas clientes já sofreram com a ação dos criminosos. "De uma delas levaram só o som. A outra foi o carro. É uma sensação de completa insegurança. Acontece a qualquer hora, não importa se é dia ou noite. O pior é que é raro ver uma viatura de polícia passar por aqui", desabafa.

De acordo com o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar, responsável pelo policiamento preventivo na região, tenente André Luís dos Santos, o patrulhamento "é feito 24h, todos os dias". Porém, ele afirma que o número de ocorrências desse tipo não é considerado grande em relação a outros 28 bairros sob sua jurisdição. Levantamento feito pela PM mostra que, dos 92 roubos de veículos na área da 3ª Companhia, seis aconteceram nos corredores citados pelos moradores.

Mas ele afirma que as estatísticas podem ser enganosas, já que nem todas as vítimas registram queixa na polícia. "Quando levam o carro, a pessoa procura a delegacia e faz o boletim de ocorrência porque o seguro exige a apresentação dele para repor o veículo. Mas quando é dinheiro, carteira, toca-fita, a polícia muitas vezes não fica sabendo", diz Santos.

"A PM faz seu planejamento através de estatísticas. Se não sabemos que esses furtos e roubos acontecem, não vamos concluir que determinado local exige reforço no policiamento ou outra estratégia. A denúncia é fundamental para chamar nossa atenção e conduzir nosso trabalho", explica.




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