Setecidades Titulo MEMÓRIA
De uma centenária Festa do Divino em Santo André
Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
24/09/2016 | 07:00
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“Inunda-me com o teu poder para que cresça em mim, a cada dia, a vida sobrenatural.”
Trecho da Oração ao Espírito Santo.

A tradição oral fala das antigas festas realizadas no Grande ABC em louvor ao Divino Espírito Santo. Há 100 anos, os jornais de São Paulo anunciaram a festa realizada em Santo André, atestando as histórias que Memória ouviu de antigos moradores.

Em 1916, a Festa do Divino de Santo André teve à frente, simbolicamente, um menino, Francisco Cardoso Franco, um dos filhos do prefeito Saladino. Houve levantamento de mastro, alvorada, missa cantada, leilão de prendas, procissão e fogo artificial.

Um jantar foi servido na casa do prefeito, seguido de baile até a manhã do dia 25. Para promover a festa de 1917 foi incumbido o professor Luiz Cardoso Franco. Ou seja: a Festa do Divino Espírito Santo era tão importante que envolvia a nata da cidade de Santo André.

Nota – O menino Francisco, da notícia de 1916, seria mais tarde chamado de “Chiquinho do Cartório”. Ou, simplesmente, “Seo Chico”. Foi juiz de paz em Santo André de 1948 até a data do seu falecimento, em 1987.

EM GOIÁS

Hoje, entre as cidades brasileiras que preservam a Festa do Divino com as características de antigamente, está Formosa, em Goiás.

Duas estudiosas de Formosa, Cíntia de Faro Melo Oliveira e Maria Dóris Cipriani Magalhães, compilaram aspectos da manifestação. E escreveram:

A Festa do Divino é uma manifestação popular. Une a espiritualidade e o folclore para agradecer ao Espírito Santo os dons e as graças recebidas durante o ano anterior. A festa é feita com donativos e seu espírito é de promover um dia de muita fartura, de abundância, quando quem nada tem recebe de graça.

No Brasil, a festa chegou com a colonização e firmou-se a partir do século 17.

A Festa do Divino Espírito Santo chegou a Formosa na primeira metade do século 19, trazida pelos tropeiros do gado.

NA BAHIA

O Divino Espírito Santo é o padroeiro da cidade de Poções, na Bahia. Segundo a prefeitura local, a festa realizada em louvor ao padroeiro é uma das mais populares, tradicionais e religiosas da Bahia. Vem sendo realizada, a exemplo de Formosa, desde o século 19.


Diário há 30 anos

Quarta-feira, 24 de setembro de 1986 – ano 29, edição 6246

Manchete –Governo fecha acordo com pecuaristas
Indústria – A Petroquímica União, em Capuava, obteve o melhor desempenho em nível mundial em 1985. Deixou para trás outras 70 maiores empresas petroquímicas, conforme a revista inglesa
Chemical Insight.

Automobilismo – Gol Rali, estabilidade a 180 quilômetros/hora.

Polícia – Quadrilha invade banco do Craisa (Centro Regional de Abastecimento) e rouba 650 mil cruzados.

Municípios Paulistas

Hoje é o aniversário de Urupês e Santa Mercedes.

Urupês. Elevado a município em 24-9-1928, quando se separa de Itajobi.

Santa Mercedes. Elevada a município em 1954, quando se separa de Paulicéia.


Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversários neste dia 24 de setembro: na Paraíba, Água Branca e São José de Piranhas; no Piauí, Barras; em Goiás, Cachoeira Alta; no Maranhão, Cantanhede, Paraibano, São Domingos do Maranhão e São José de Ribamar; no Ceará, Coreaú; em Minas Gerais, Mar de Espanha; no Rio Grande do Sul, Tramandaí. Fonte: IBGE.


Nas Ondas do Rádio

Viagem no tempo – Internet: www.viagemnotempo.net. Produção e apresentação: Marcelo Duarte.

Aos domingos, Momento Jovem Guarda, das 10h às 11h.
Rádio ABC AM (1570) – Causas Nobres. No estúdio, a Associação Beneficente Raios de Sol, de São Bernardo, representada pela pastora Maria Onisaki, Hadassa Harumi Castelo Onisaki Pinto e Saulo dos Santos Pinto. Produção e apresentação: Luiz Carlos Gimenes. Hoje, às 10h.

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) Memória. Amanhã é o Dia do Rádio. E a Bandeirantes produziu e apresentou vários programas especiais focalizando a data ao longo dos anos. Alguns terão trechos mostrados, informa Milton Parron:

No Dia do Rádio de 1977, Gualberto Curado entrevistou Vicente Leporace, que fala do rádio dos tempos em que começou, na década de 1930.

Na sequência, as vozes de Luis Henrique Romagnoli, Serginho Leite, Odair Batista, Nelson Tatá Alexandre e Weber Laganá em 1997 homenageando Estevan Sangirardi, falecido em 1994. Eles integraram o famoso Show de Rádio, criado por Sangirardi e, nessa homenagem, reviveram a criação do ‘Sanja’ satirizando situações e pessoas daquele ano, 1997.

No Dia do Rádio de 1985, Antonio Carvalho revive programas como Bom Dia Mesmo, com Omar Cardoso, e Poder da Mensagem, com Hélio Ribeiro.

Em 1984, o mesmo Antonio Carvalho traz de volta a antológica Patrulha Bandeirantes. E mais: Nascim Filho com o Capitão Barduíno e seus programas Onde Canta o Sabiá e Na Serra da Mantiqueira.

No epílogo, Moraes Sarmento e o Almoço à Brasileira.

Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h.

Rádio ABC AM (1570) – Portugal Trilha Nova. Celebração dos 50 anos no ar (1966-2016). Produção e apresentação: Varela Leal, com Mimi Varela e Idalecio de Souza. Amanhã, do meio-dia às 14h.

Santos do Dia

São Pacífico (Itália, Cerano, 1424 – Sardenha, 1482). Franciscano. Percorreu o seu país na tarefa de evangelizar.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR.

Nossa Senhora das Mercês

Germaro

Geraldo de Csanad


Em 24 de setembro de...


1916  A guerra. Do noticiário do Estadão: a situação na Grécia. A revolução alastra-se. Só Atenas e Peloponeso ao lado do rei.

1966 – Encontro entre o governador do Estado, Laudo Natel, e 17 prefeitos é realizado no Ginásio Pedro Dell’Antonia, em Santo André

1976 – Hospital Municipal de Santo André inaugura o terceiro pavimento e uma sala de pequena cirurgia e emergência em traumatologia.

1981 – Falece o professor Jorge Rahme, fundador do Museu Histórico Antonio Raposo Tavares, de São Bernardo.

Elma Ricciardi Vincenzi
(São Caetano, 12-3-1936 – 20-9-2016)

Os 80 anos de vida de Elma Ricciardi Vincenzi tiveram como base São Caetano, com algumas saídas importantes: para estudar em Santo André, na Escola Profissional Júlio de Mesquita, que naquele tempo ficava atrás da igreja do Carmo; e para trabalhar nos escritórios da General Motors da Avenida Paulista.

A secretária Elma fez carreira na GM. Começou aqui mesmo, em São Caetano; depois atuou uma boa temporada em São Paulo; e a fase final, novamente na Avenida Goiás, onde se aposentou.
“Minha tia gostava muito de cozinhar”, conta uma das sobrinhas, Suely Maria Ricciardi. “Carinhosa, ela preparava o prato que cada um dos sobrinhos mais gostava.”

Elma Ricciardi era filha de José Ricciardi e de Emília Doná Ricciardi. Casou-se com Jordano Pedro Segundo Vincenzi, um dos líderes autonomistas de São Caetano, o que fundou e manteve por décadas a famosa Casa Vincenzi, da esquina da Avenida Goiás com Rua Amazonas, no ponto onde funciona o Frans Café.

Como todos os antigos de São Caetano, dona Elma está sepultada no Cemitério São Caetano, em Vila Paula. 




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