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Após recontagem, Aeronáutica nega desvio de granadas
Do Diário OnLine
23/04/2004 | 20:25
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O Comando da Aeronáutica informou nesta sexta-feira que recontou os estoques de granadas e não constatou nenhuma "discrepância" ou irregularidade. Na terça-feira, 161 granadas, oito minas terrestres e grande quantidade de munição foram apreendidos em um barraco na Favela da Coréia, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Como todo o material é de uso exclusivo da Aeronáutica, se cogitou a possibilidade dos armamentos terem sido desviados. "Técnicos do Comando da Aeronáutica concluíram a recontagem das granadas pertencentes ao seu acervo e não encontraram qualquer discrepância nesses estoques", diz uma nota divulga à imprensa.

O Ministério da Aeronáutica abriu nesta sexta-feira um inquérito para investigar a procedência do armamento encontrado com os traficantes do Rio de Janeiro. Uma equipe da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico da Aeronáutica aguarda uma liberação da PM para ter acesso ao material apreendido.

"Uma equipe de especialistas da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico da Aeronáutica aguarda autorização da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro para ter acesso e auxiliar na análise do armamento apreendido, com o intuito de tentar contribuir para a elucidação de sua procedência", revelou a Aeronáutica.

Durante a tarde desta terça, Robison Egydio Lopes, proprietário da RJDC Defesa Aeroespacial, empresa localizada no município de Lorena (interior de São Paulo) e responsável pela fabricação das granadas, prestou depoimento no Parque de Material Bélico da Aeronáutica, na Ilha do Governador (RJ).

Ele reafirmou que todo o material bélico foi vendido ao Ministério da Aeronáutica, tendo em vista que a legislação brasileira determina que os lotes sejam negociados com um único cliente. "Pela legislação brasileira, só posso vender um lote para cada cliente", declarou Lopes.

Assumindo a posição de um 'simples fabricante', Robison Egydio se isentou de qualquer responsabilidade por um possível desvio da mercadoria. "Sou só o fabricante", disse. De acordo com ele, a Aeronáutica adquiriu os explosivos em dezembro de 1996 e em novembro de 1998. O depoimento durou 40 minutos e o proprietário da empresa não concedeu entrevista.




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