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Imprensa cubana critica 'censura' a Michael Moore
Das Agências
11/05/2007 | 17:03
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Michael Moore pode ser uma nova "vítima do bloqueio" norte-americano e da "filosofia imperial da censura", afirmou nesta sexta-feira a imprensa de Cuba sobre a investigação do Departamento de Tesouro quanto à viagem do cineasta em março. Segundo a agência Ansa, Moore utilizou as imagens gravadas em solo cubano para seu documentário "Sticko", que estreará em Cannes na próxima semana.

"Michael Moore pode tornar-se uma vítima do bloqueio dos governantes que seu país impuseram contra Cuba", afirmou o jornal oficial Granma em uma nota de sua editoria cultural, na qual fustigou a "filosofia imperial da censura" que os Estados Unidos querem aplicar em um processo contra o diretor.

O diretor de "Fahrenheit 9/11" e "Tiros em Columbine" é investigado pelo Departamento de Tesouro por uma possível violação do embargo que Washington aplica contra Cuba desde 1962 e que foi endurecido pelo governo de George W. Bush, especialmente no que diz respeito a viagens.

O processo judicial aponta que a viagem de Moore para Cuba, realizada em março, tinha sido informada pela imprensa local até hoje. Ela foi feita com uma dezena de funcionários dos serviços de emergência que participaram das tarefas de resgate, durante o ataque ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

A viagem é uma das cenas do documentário "Sticko", uma crítica ao sistema de saúde norte-americano, que tem estréia mundial no dia 19, no Festival de Cannes, e que chegará aos cinemas norte-americanos no dia 29 de junho.

Em uma carta oficial dirigida a Moore, o Escritório de Controle de Atividades Estrangeiras advertiu o cineasta de que seus funcionários realizam "uma investigação civil por possíveis transações não autorizadas em torno de sua alegada viagem a Cuba", informa o Granma.

A nota pede a Moore que informe a data de sua entrada e saída de Cuba e diga se utilizou um terceiro país como escala, a descrição do seu itinerário em solo cubano, e quais os gastos com alimentos, hospedagem e serviços diversos.

"Qualquer semelhança com o 'macartismo' não é pura coincidência, senão a confirmação da filosofia imperial da censura", acrescenta o Granma.




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