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Servidores atendidos no fio da navalha
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
11/01/2011 | 07:04
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O funcionalismo público do Grande ABC de modo geral não tem sido contemplado a contento pelos Executivos.

À frente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos)de Santo André, a diretora Érika Rocha de Paula conta a decepção de não ter os pedidos atendidos. "Pleiteamos reposição de perdas e reajuste geral, o que não aconteceu. Está difícil negociar com o prefeito (Aidan Ravin - PTB) e com a Secretaria de Governo. Solicitamos bônus de R$ 1.000 e sem nos comunicar enviaram projeto de abono para a Câmara de R$ 400. Um total desrespeito." A diretora conta que algumas secretarias não atendem o Sindserv. "A de Educação impede nossa entrada." Érika chama a atenção para outro fato além do financeiro. "Queremos melhores condições de trabalho para o servidor. Algo que está cada vez pior na Prefeitura é o assédio moral."

O secretário adjunto de Administração, Danilo Dominguez Fernandez, afirmou que não está havendo nenhuma dificuldade. "A Prefeitura está sempre aberta a ouvir os pleitos do sindicato."

Os 12 mil servidores de São Bernardo tiveram reajuste no vale-alimentação de R$ 5 para R$ 8, além do piso salarial que passou de R$ 609,96 para R$ 703,80. Mas não foi conquistada a reposição linear para todos os trabalhadores da inflação referente a alguns períodos. "As negociações têm ocorrido, porém de forma muito lenta, uma vez que os negociadores precisariam de maior autonomia e poder de decisão", reclamou Benedito da Silva Lemes, o Ditinho da Congada, vice-presidente do Sindserv de São Bernardo.

O diretor do Sindserv de Ribeirão Pires, Paulo Sérgio Correia, pontuou que a categoria conseguiu reajuste salarial que variou de 3% a 8% dependendo do cargo. "O aumento foi de acordo com a inflação." O piso da categoria composta hoje de 2.500 servidores é de R$ 577. O plano de cargos e salários continua na pauta.

Em Diadema, os 6.700 servidores conseguiram apenas reposição de 5,72% referente à inflação quando o pedido era o reajuste da inflação mais o ganho real que somariam 11%. Os servidores receberam em dezembro a primeira cota do abono compensatório no valor de 50% do salário-base de cada funcionário. O diretor do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), Antonio Carlos Gonzaga, afirmou que "as conversas continuarão neste ano. Uma das reivindicações será o reajuste do vale-alimentação, passando de R$ 170 para R$ 190."

Os servidores de Rio Grande da Serra embora tenham pedido 11% para repor as perdas salariais conseguiram aprovação de 8,9%. "A vitória foi que o estatuto do professor foi aprovado em 2010, mas o prefeito não enviou o projeto de insalubridade."

No ano passado, o reajuste do funcionalismo de São Caetano foi de 4,2%. De acordo com a Prefeitura, o plano de carreiras está recebendo os últimos ajustes em virtude da Lei de Diretrizes Básicas da Educação e será implantado neste ano. 

SEM EXPECTATIVA

Apenas Mauá não concedeu aumento no último ano, nem mesmo a correção da inflação. Questionado no fim de 2010 sobre o tema, o prefeito Oswaldo Dias (PT) disse apenas que iria estudar possível reajuste. Além disso, pesam contra a Prefeitura o não pagamento do bônus da Educação, reenquadramento de quase 3.000 funcionários e falta de abono de R$ 450 para toda a categoria. "Vamos continuar batendo na tecla do abono. Depois de um ano queremos que seja incluído nos vencimentos. É impossível a Prefeitura congelar os salários como vem ocorrendo. Temos enfrentado grande barreira."




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