Depois de ensaiar por semanas aliança com o ex-prefeito de Ribeirão Pires e pré-candidato ao Paço de Mauá pelo PSDB, Clóvis Volpi, o ex-vice-prefeito Márcio Chaves (PSD) recusou a proposta de ser candidato a vice na chapa do tucano. O pessedista garantiu que não vai abrir mão de disputar a eleição de outubro.

O escolhido para ser parceiro de chapa do pessedista, o tenente-coronel da PM (Polícia Militar) Paulo Barthasar Júnior também refutou a possibilidade de compor com o prefeito Donisete Braga (PT). O Diário revelou ontem que o chefe do Executivo tenta convencer o militar a aceitar ser vice na chapa governista, diante dos impasses jurídicos que impedem o vereador Alberto Betão Pereira Justino (PTB) de ocupar o posto.<EM>

Tanto Márcio quanto Barthasar admitiram conversas com Volpi e com Donisete, respectivamente, mas garantiram que eventual aliança só ocorrerá em possível segundo turno. “A gente até brincou que queriam separar eu e o Márcio. Mas, primeiro, teria de ser uma decisão de grupo. Não posso tomar uma decisão individualizada, tem de ser em equipe”, salientou Barthasar.

Apesar de garantir que dividirá chapa com Márcio Chaves, ele não quis revelar em qual partido se filiará, se no próprio PSD ou em uma das duas legendas que apoiam o ex-vice-prefeito (PTC e PSC). “Só definiremos no domingo”. Por ser policial, a legislação eleitoral permite a Barthasar escolher sua sigla até o dia da convenção partidária.

Para Márcio Chaves, o assédio por parte dos adversários é sinal de “consistência” da candidatura. “Nós temos propostas, baseadas em estudos aprofundados da cidade.”

Ambos negaram composição com Donisete, mas fontes do núcleo duro do PT de Mauá ouvidas pelo Diário garantem que as conversas entre governo e Barthasar estão em curso. Se aceitasse o convite, o militar se filiaria no PTB e garantiria promessa feita por Donisete ao presidente estadual do partido, Campos Machado, de entregar o posto de vice a um petebista. A convenção petista está marcada para amanhã, a partir das 9h, no Ginásio Celso Daniel.

Com a recusa de Márcio Chaves, somada à perda do apoio do PRTB, Volpi teve de escolher o presidente do PTN local, Evandro Aparecido Izidoro, como vice. Além do nome do ex-vice-prefeito, o tucano também cogitava colocar o ex-vereador e humorista Ivann Gomes, o Batoré (PRTB), na vaga. Ontem, o partido fechou apoio ao deputado estadual Atila Jacomussi (PSB).