Para prefeito, partido rival foi ‘irresponsável’ no controle financeiro das extintas autarquias
Em clima eleitoral, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), voltou criticar o PT, um dos rivais no pleito de outubro. Desta vez, Lauro acusou as gestões de José de Filippi Júnior (PT) e Mário Reali (PT) como responsáveis pelo deficit financeiro que culminou no fim das autarquias municipais ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) e Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema).
A ETCD se tornou inativa em 2011, após suas linhas serem privatizadas por R$ 15,8 milhões para a Transportadora Turística Benfica. O passivo da empresa ultrapassava R$ 100 milhões. Já a Saned, que totalizava dívida de R$ 1,2 bilhão, foi vendida para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
“O PT não sabe ser governo. Não tem controle de dinheiro público, de empresa pública. O que fizeram com a Petrobras no País, a escola foi em Diadema, com a Saned e ETCD”, atacou.
Para o chefe do Executivo, a má gestão atravancou avanço em receitas para o município nas últimas décadas. “Essas empresas poderiam ser viáveis. Como pode ter falido? Uma só vende água, é a única dentro de uma cidade. Como pode ter prejuízo?”, indagou.
O verde lembrou do início de sua gestão quando encaminhou à Justiça denúncia contra Reali, por deixar a administração com R$ 617 mil em caixa e R$ 48,6 milhões em restos a pagar. Lauro enquadrou o petista, que governou a cidade entre 2009 e 2012, na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que proíbe ao gestor público transferir dívida ao sucessor sem verba empenhada.
“Acionei a Justiça logo no início da gestão para mostrar tudo como encontrei. Eu não sou juiz, promotor, investigador ou auditor de conta. Sou prefeito. Fiz o que tinha de fazer. Realizamos um balanço, apresentamos ao órgão competente para investigação”, acrescentou o prefeito.
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