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Uma ‘quase’ biografia

Longa que conta a história de Frank Aguiar
patina nas informações da trajetória do músico

Por Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
19/06/2016 | 06:31
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Divulgação


Sucesso de bilheteria em 2005, o longa Dois Filhos de Francisco, que contou a trajetória de Zezé Di Camargo e Luciano, foi um marco no cinema brasileiro. Alcançou quase 5 milhões de espectadores e, à época, superou Carandiru, dirigido por Hector Babenco.

E, ao assistir à cinebiografia dirigida por Caco Milano Os Sonhos de um Sonhador, que conta a história do cantor e compositor, além de vice-prefeito de São Bernardo, Frank Aguiar (PRB), dá para perceber que a intenção era de fazer algo igual. Mas ficou apenas na vontade.

Explica-se: o enredo é o mesmo, com a diferença de que se trata apenas de um ‘famoso’. Francineto Luz de Aguiar nasceu em Itainópolis, Interior do Piauí, em 1971. Fruto de uma família humilde – os pais são interpretados por Nelson Xavier e Rosi Campos –, desde pequeno teve a intenção de virar ‘cantor famoso’.

Ainda adolescente, já na pele de Gustavo Leão, participa de seu primeiro show de calouros e sai vencedor. A dublagem feita pelo ator aqui e no resto do filme é, no mínimo, sofrível.

Com o apoio do pai, assim como na história dos Camargo, vai para a capital de seu Estado para tentar a vida. Embora mostrem a determinação de Frank, as histórias contadas no filme são um tanto canastronas e enfadonhas, assim como ficam sem um final adequado. Exemplo: há uma cena em que ele passa no vestibular para faculdade de Música, o que é comemorado pela família, e, em seguida, ele vem para São Paulo ‘tentar a vida’. Fica a dúvida sobre se ele concluiu o curso.

Nas passagens seguintes Frank encontra o produtor Alemão (Chico Anysio), que o ajuda a fazer o seu primeiro show de sucesso. Só que, em momento nenhum ele aparece no palco com a plateia à frente. Fica subentendido e muito mal contado.

“Acho que faltou dar continuidade à história dele, inclusive na política”, disse a empresária Nilza Aparecida Moreira, única espectadora do filme, ao lado do marido, no dia em que o Diário esteve na sessão do Shopping Metrópole, em São Bernardo. Ela disse ter ido assistir porque a lanchonete dela, Lá em Casa, que fica na Marechal Deodoro, serviu de locação para uma cena do longa.

O filme foi rodado em 2009 e não teve incentivos fiscais. Ficou em cartaz em São Bernardo apenas uma semana e agora está no Circuito Cinema (Estr. Pres. Juscelino Kubitscheck de Oliveira, 5.308), em Guarulhos. 




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