Setecidades Titulo Falta de manutenção
Monumentos estão depredados

Por Nelson Donato
Especial para o Diário
05/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


 Pichações, sujeira e falta de manutenção. É assim que pode se resumir o atual estado de diversos monumentos de São Bernardo. Essas manchas na história do município refletem o descaso do poder público e também da população, que insiste em depredar as várias estátuas e bustos. O estado das peças históricas é o assunto principal de série de reportagens do Diário que mostrará a cada semana condições das esculturas das sete cidades.

Um dos casos mais graves é o do monumento em homenagem ao centenário da imigração italiana, situado na Praça Brasil, na região central do município. Apesar da última restauração ter sido concluída em 2011, a estátua já está coberta de pichações. Nem as placas de identificação foram poupadas pelos vândalos.

Outro marco histórico de São Bernardo, o Kasato Maru, monumento inspirado no navio que, em 1908, trouxe os primeiros imigrantes japoneses para o Brasil, localizado na Avenida João Firmino, também está depredado. A instalação foi vandalizada e, na parte interna, frases racistas foram escritas. Outro problema é o mato alto que já toma conta do espaço onde a escultura está posicionada.

Diariamente, o ajudante geral José Ferreira da Silva, 50 anos, passa pela instalação do Kasato Maru. “Aqui tem sempre muita sujeira. Essas pichações estragam algo tão bonito. Apesar da falta de manutenção, não podemos culpar a Prefeitura. As pessoas que são responsáveis por essa poluição visual.”

A situação dos dois monumentos se assemelha à da fonte da Praça Lauro Gomes, situada na Rua Marechal Deodoro no Centro de São Bernardo. Coberto de lixo e limo e com várias pastilhas arrancadas, o chafariz não escapou das reclamações dos frequentadores do espaço. Muitos deles relembram de como o fontanário era bonito, quando conservado.

O funcionário de logística Leonardo Silva, 34, conta que há pelo menos um ano a fonte não funciona e que, desde então, as condições do monumento só pioraram. “É muito triste ver fonte tão bonita sem trabalho de manutenção adequado. Faz muito tempo que eu não a vejo funcionar e, do jeito que as coisas andam, vai continuar assim por muito tempo. Quando chove, a água fica aí parada por vários dias.”

LEI FEDERAL - A punição para pichadores de monumentos públicos está prevista no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98. Os infratores estão passíveis de detenção de seis meses a um ano, além de multa. A pena varia de acordo com o valor artístico, arqueológico ou histórico da peça danificada e se é tombada ou não.




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