Economia Titulo
Solteiros movimentam
R$ 418 bilhões por ano
Alexandre Melo
do Diário do Grande ABC
15/06/2011 | 07:00
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Quarenta e sete milhões de homens e mulheres solteiros são responsáveis por movimentar a economia do País em R$ 418,7 bilhões. Conforme pesquisa realizada pelo Data Popular com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, eles são 36,6% da população e têm 32 anos, em média.

As mulheres constituem a maior fatia de solteiros nas classe D e E, ao contrário do que acontece na C e no topo da pirâmide, onde a participação dos homens é superior. Por estrato social, a massa de renda da classe A soma R$ 75,6 bilhões, a B responde por R$ 90,5 bilhões, enquanto a turma dos sozinhos nas classes emergentes soma R$ 252,6 bilhões, 60% do total.

Considerando o Produto Interno Bruto do País em 2010 de R$ 3,675 trilhões, os solteiros responderam por quase 12% deste valor, com R$ 418,7 bilhões consumidos anualmente. "O potencial de consumo é expressivo, especialmente nas classes emergentes", afirma o consultor da empresa, Márcio Falcão.

O especialista destaca que tanto a indústria quanto o varejo estão atentos a esta massa consumidora. Os fabricantes de alimentos apostam em embalagens menores para atender às necessidades das 3,7 milhões de pessoas maiores de 18 anos que vivem sozinhas, enquanto os supermercados ampliam os produtos voltados para esse público.

A ausência de itens com embalagens menores é a queixa do projetista Felipe Gustavo Stanziani, 26 anos. Por morar só, o andreense reclama que joga muitos alimentos fora por não consumir todos no período recomendado pelo fabricante. "Creio que leites, sucos e extrato de tomate poderiam ser fabricados com embalagens menores."

Stanziani acrescenta que os preços dos itens com menos conteúdo são mais caros que os convencionais. Um vidro de maionese com 500 gramas custa R$ 5,34, já o com 250 gramas sai por R$ 3,20.

Falcão afirma que a indústria de alimentos está atenta ao ampliar a oferta de congelados com gramaturas menores. Com a demanda por estes produtos e a população de solteiros avançando a tendência é que alguns dos desejos do projetista andreense se tornem realidade em um futuro próximo.

 

Pessoas casadas têm rendimento maior no País

Apesar da massa importante de renda, nas classes B e C, os rendimentos dos casados são superiores aos dos solteiros em todas as faixas etárias pesquisadas. Nas classes A e B, os solteiros só recebem mais do que os casados na faixa acima de 45 anos.

O casado com 35 anos da classe A recebe R$ 6.399,24, 53,8% a mais que o solteiro da mesma idade. No estrato B, o rendimento de R$ 1.782,50 do casado com 25 anos é 27,3% superior ao do solteiro.

Na C, os casados com 25 anos ganham R$ 913,82, 16,1% superior à dos solteiros. Na baixa renda o cenário é o inverso. Aos 35 anos, o solteiro da classe D recebe R$ 545,45, 9,7% a mais que o casado. Na E, os sozinhos de todas as idades ganham mais que os casados. Com 35 anos a renda de R$ 205,45 é 74,7% maior que a do casado.




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