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Falta qualificação em todo Estado
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
20/03/2008 | 07:04
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O Diagnóstico para o Programa Estadual de Qualificação Profissional, divulgado ontem pela Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho) do Governo do Estado de São Paulo, apontou que embora o número de emprego formal tenha crescido em quase todas as regiões no ano passado, nem todos os postos foram ocupados.

 O estudo, realizado pela Fundação Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), revela que entre as áreas que apresentaram melhores resultados está a Região Metropolitana, que inclui o Grande ABC, com 6,2% de aumento no número de vagas criadas. Mas, segundo a pesquisa, há uma grande carência por profissionais qualificados em diversos setores no Estado.

 Segundo o secretário do Sert, Guilherme Afif Domingos, 54% da população economicamente ativa entre 30 e 50 anos não completaram o ensino fundamental. “A carência pelos profissionais qualificados no mercado se dá principalmente por causa da falta de educação básica. Isso acaba pesando na hora da contratação, sendo ruim para ambas as partes”, avalia o secretário.

 A taxa de crescimento médio anual do emprego formal, calculada para o período entre 2002 e 2006, indica que a Região Metropolitana cresceu 3,9% ao ano. Todos os setores contribuíram para o desempenho favorável da região, mas o comércio, a construção civil e a indústria demonstraram maior dinamismo. O estudo também revela que a mão-de-obra adulta – com 30 a 64 anos – correspondia, em 2006, à maior parcela ocupada – 62,2%.

 No ano passado, ao contrário do que ocorreu em 2006, a Grande São Paulo se mostrou uma das regiões mais fortes na criação de vagas com carteira assinada, registrando crescimento relativo superior (6,2%) à média estadual (5,9%).

 Mesmo assim, faltaram pessoas qualificadas, não só em postos que exigiam ensino fundamental completo, mas também para aquelas que necessitam de um nível escolar mais elevado.

 No caso dos homens, por exemplo, no ano passado algumas das vagas criadas que não foram preenchidas foram a de supervisor administrativo e de telemarketing e atendimento. “Se muitas pessoas não têm educação básica, obviamente que não vão conseguir ocupar cargos que exigem um pouco mais”, enfatiza Afif.




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