Exoneração de funcionários comissionados integra pacote da contenção de despesas do governo
O governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), tomou a decisão de exonerar 40 funcionários comissionados da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). A ação integra lista de medidas para contenção de gastos públicos, devido ao momento de crise econômica e queda na arrecadação.
“A partir de abril, 20 (servidores) já estão fora e pretendemos mandar embora outros 20 até o mês que vem, cortando pela metade (os postos em confiança)”, alegou o secretário de Orçamento e Planejamento, Alberto Alves de Souza (PT). Com o procedimento, a economia deve girar em torno de R$ 100 mil ao mês, referentes a salários e encargos.
Grana avisou que a intenção é, dentro de conjunto de medidas do Paço, enxugar total de R$ 150 milhões. Em relação à quantidade de funcionários em comissão, o petista disse que “não há pacote fechado de valores” ou meta específica de números. “É política de diminuição de custeio que estamos construindo de forma progressiva. Não tem data certa e pacote pronto. É todo dia que acontece, na busca por redução de despesas”, disse o prefeito, ao acrescentar que a situação da Craisa é sintomática. “Tem serviços, porém não tem financiamento. O custo é alto, gerando deficit. Temos de equacionar”, adicionou. A Prefeitura fez, recentemente, subvenção no valor de R$ 14 milhões à autarquia para cobrir buraco financeiro.
O chefe do Executivo adiantou que neste ano, novamente, não haverá reajuste salarial aos servidores comissionados, assim como já ocorreu no ano passado. “Não tivemos em 2015 e também não será possível agora. Vamos congelar salário do prefeito, vice, secretário, diretores. Isso sem prejuízo de repor a inflação dos funcionários de carreira”, sustentou Grana. A administração petista anunciou no exercício anterior corte de telefones celulares, banco de horas, coffee break como maneira de diminuir as despesas. Demissão no Paço, no entanto, tende a ser apenas pontual. “É ano difícil, precisamos de time grande porque é ano de eleição. A ideia é equilibrar a balança, senão começa a comprometer serviços e projetos”, justificou Alberto.
A gestão tem acentuado a redução de secretários adjuntos. A diretriz para os titulares de Pastas é “não preencher” postos em vacância. Contabilizando as últimas mudanças no governo, a Prefeitura ficará sem oito funcionários no cargo de número dois da secretaria. Desenvolvimento Econômico, Esportes, Obras e Paranapiacaba estão sem adjunto após saída de Oswana Fameli (PMB), Marta Sobral (PDT), Carlos Sanches, o Carlão (PT), e Fabrício França (PT), respectivamente. Anteriormente, já tinham se desligado Cida Damaia (Saúde), Ana Lúcia Sanches (Educação) e Juliana Gattone (Comunicação). Agora será a vez de Miriam Armelin, adjunta de Planejamento, que solicitou exoneração.
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