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Concluir investigação de chacina depende de laudo
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
28/07/2005 | 08:18
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A Polícia Civil de Diadema depende do laudo final da reconstituição da chacina ocorrida na favela do Jardim Portinari para dar seqüência às investigações do crime. No início do mês, três pessoas de uma mesma família - mãe e dois filhos - foram assassinadas e, segundo testemunhas e um sobrevivente, o crime teria sido praticado por sete policiais militares. Além do laudo da reconstituição, realizada terça-feira, a polícia também depende do resultado dos exames balísticos para concluir as investigações.

De acordo com a Polícia Civil, uma nova testemunha do crime foi ouvida terça-feira, mas não acrescentou informações relevantes ao inquérito. A testemunha teria assistido à execução da família em uma das vielas da favela do alto de um prédio.

O sargento da Polícia Militar Ricardo Silva dos Santos, 40 anos, um dos principais acusados da chacina, se recusou a participar da reconstituição. A Polícia Civil informou que a negativa do sargento pode ser avaliada como prova de culpa. Isso porque os demais suspeitos - outros seis policiais militares - participaram terça-feira dos trabalhos, embora tenham negado qualquer envolvimento no crime.

O PM Santos é acusado de matar com 13 tiros a faxineira Maria Rodrigues de Faria, 50 anos, e seus dois filhos, Fábio, 15, e Eduardo, 24. Durante a execução, também teria acertado com um tiro um terceiro filho da faxineira, único sobrevivente. Para não participar da reconstituição realizada terça-feira, o sargento alegou estar sofrendo de amnésia. Ele e os demais policiais acusados estão presos no presídio Romão Gomes, na capital, que é destinado exclusivamente a PMs condenados ou que aguardam julgamento.




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