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Tensão aumenta entre israelenses e palestinos; cinco morrem
Da AFP
06/09/2002 | 09:13
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Dois militares israelenses e três palestinos foram mortos em menos de 24 horas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, quando a tensão voltou a aumentar em Israel e nos territórios palestinos ocupados, a poucos horas do Ano Novo judaico, que se celebra a partir da noite desta sexta-feira.

Dois palestinos foram mortos na manhã desta sexta durante um tiroteio com o exército israelense em Jenin, no norte da Cisjordânia. Os palestinos pertenciam às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, grupo de resistência ligado ao Fatah, do líder Yasser Arafat, e a um serviço de segurança respectivamente.

Na quinta, dois militares israelenses, um deles um oficial, foram mortos e outros quatro feridos em dois ataques na Faixa de Gaza, onde também perdeu a vida um resistente palestino.

As últimas vítimas elevam a 2.490 o número de mortos desde o começo da Intifada, no final de setembro de 2000, dos quais 1.837 são palestinos e 604 israelenses.

Na noite de quinta, três helicópteros de assalto israelenses dispararam cinco mísseis contra uma unidade metalúrgica que foi destruída e contra um posto policial palestino em Jan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, causando um ferido, segundo fonte da segurança palestina. Um porta-voz militar israelense afirmou que o ataque foi contra "uma unidade de fabricação de armas".

Ao mesmo tempo, o exército israelense dividiu a Faixa de Gaza em três setores, instalando dois postos de controle, segundo um militar, que adiantou que a medida é destinada a impedir aos terroristas o transporte de armas na região.

Desde quinta-feira, a polícia israelense encontra-se em alerta reforçado no norte de Tel Aviv, pelo temor de um grande atentado. Na noite da quarta, a polícia israelense interceptou um veículo com 600 kg de explosivos, a uns 60 km de Tel Aviv, perto da linha de demarcação com a Cisjordânia.

Nesta sexta-feira, em Qalqiliya (norte da Cisjordânia), foi detido Jamal el-Hindi, dirigente local da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), e cinco outras pessoas que estavam junto dele, segundo testemunhas.

Na véspera, o exército deteve quatro militantes perto de Nablus, na Cisjordânia, dois deles membros do grupo Hamas, aos quais Israel acusa de planejar um atentado no Ano Novo judaico.




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