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Flávia Monteiro, a vilã que matou a ninfeta
Por Márcio Maio
Da TV Press
26/07/2007 | 07:00
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Depois de 21 anos de carreira, Flávia Monteiro começa a experimentar um lado da atuação que ainda não conhecia. A intérprete vingativa Maria Lúcia de Vidas Opostas, da Record, nunca tinha vivido uma vilã. Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

Como se sente nesse papel?

FLÁVIA MONTEIRO – Estou me sentindo mais segura em todos os sentidos. Fiz 35 anos e tem um monte de coisas que ainda quero experimentar. E ter um contrato longo novamente traz uma tranqüilidade na vida. Estou na emissora até 2010 e com a proposta de bons personagens. Estou iniciando uma nova fase na minha carreira.

Que tipo de personagens, por exemplo?

FLÁVIA – Em Vidas Opostas, por exemplo, comecei achando que ia fazer uma mulher com um desvio de caráter sim, mas acho que deu tão certo que isso tomou proporções surpreendentes para mim. A Maria Lúcia se tornou uma grande vilã por questão de autodefesa. Ela era apaixonada, ganhou uma função importante na empresa da prima e acabou criando uma inveja patológica dela. É uma personagem que passou por um processo de revolta, que aprendeu tudo sobre o respeito que o poder traz. Há alguns anos, não imaginava que fosse conseguir um papel assim.

Como conseguiu se livrar do estereótipo de boazinha?

 

FLÁVIA – Posar para a revista Playboy foi uma saída para tirar a carinha de professorinha. E, mesmo fazendo as fotos em 2005, quatro anos depois de terminar Chiquititas, queriam que o ensaio fosse temático da novela. Não topei, pegamos o gancho ninfeta do filme A Menina do Lado e, apesar de não ter sido um cachê milionário, me ajudou a mudar a imagem que alguns tinham de mim.

Em sua estréia no filme A Menina do Lado, você deve ter enfrentado preconceito por ter 14 anos. Como reagiu?

FLÁVIA – Foi um pouco complicado, mas não me fez ficar arrependida ou repensar minha vontade de ser atriz. Eu estudava em um colégio Marista e sofri muito lá dentro. Eu não esperava tanto, porque quase fui expulsa da escola. Deram uma importância àquelas cenas que eu não entendia. Quando fiz o teste, foi escondida do meu pai. E olha que nem sabia qual era o papel. Quando ele descobriu, questionou se eu queria muito aquilo e me colocou em tratamento com uma psicóloga, para ter certeza de que eu estava preparada.



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