O GP da Inglaterra vai ser realizado, apesar dos atentados de quinta-feira em Londres. Os organizadores da corrida de Silverstone garantiram que a 11ª etapa do Mundial de F-1 acontecerá normalmente, mas com medidas extras de segurança. Ontem mesmo, elas já começaram a ser aplicadas. Malas, mochilas e equipamentos de mecânicos, jornalistas e pessoal de apoio foram rigorosamente revistados, e o mesmo será feito hoje, na abertura dos treinos livres.

São esperadas 100 mil pessoas no domingo em Silverstone, o primeiro grande evento público em solo britânico após as explosões na manhã de ontem na capital, 150 km ao sul. Fato semelhante ocorreu em 2001 nos Estados Unidos. A corrida de Indianápolis aconteceu poucos dias depois dos atentados de 11 de setembro em Nova York e Washington. Da mesma forma, as medidas de segurança foram redobradas.

Os atentados foram o assunto de quinta no paddock e não havia clima para se falar da prova deste fim de semana. A maioria das equipes tem sede na Inglaterra (só Sauber, Toyota e Ferrari possuem fábricas em outros países) e o contingente de ingleses entre os mecânicos é o maior. “Tudo que podemos fazer é proporcionar ao público um bom show”, disse Rubens Barrichello. “Quando estou aqui, sempre vejo notícias ruins sobre o Brasil, assaltos, violência, mas pelo menos esse problema de bombas nós não temos.”

As equipes ainda não se manifestaram formalmente sobre os atentados, mas é provável que domingo, antes da corrida, haja algum tipo de cerimônia em homenagem às vítimas. Em 2001, a Ferrari correu de luto em Monza, cinco dias depois do 11 de setembro. As bandeiras no autódromo estarão hasteadas a meio-pau.

Os treinos livres desta sexta começam às 7h de Brasília. A McLaren é a grande favorita à vitória no domingo. Mesmo Fernando Alonso, o líder do campeonato, aposta nos carros prateados. “Para nós, o objetivo é chegar ao pódio. Isso com alguma sorte. Silverstone é um circuito que nunca foi muito bom para nosso carro”, falou o espanhol da Renault.