Política Titulo IDEOLOGIA DE GÊNERO
Petista recua e fala em veto por questão técnica

Gestor são-bernardense diminui o tom e admite que irá conversar com vereadores sobre o caso

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
16/12/2015 | 07:00
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Menos de uma semana depois de disparar repúdios contra os vereadores que emplacaram veto à ideologia de gênero ao PME (Plano Municipal de Educação) de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) diminuiu o tom e admitiu conversa com os parlamentares para que a derrubada da emenda deva ocorrer por questão técnica.

“O problema é que está equivocada (a emenda). Se for incorporada, veta no município, mas autoriza em todo o restante, como redes particular e estadual. O irresponsável neste caso seria eu, se autorizasse. Com o objetivo que fizeram a emenda, eles não voltarão atrás. Não sei (se irá processar). Vou refletir e analisar depois de conversar com eles”, pontuou o petista.

Na semana passada, o chefe do Executivo passou por grande desgaste no Legislativo após a oposição se unir ao G-9 (ala governista, mas com atuação independente na Câmara) e emplacar modificação no texto original do Plano de Educação, citando nominalmente proibição ao termo ideologia de gênero. Embora o teor não estivesse explicitado na matéria, os parlamentares argumentavam que o conteúdo deixava brechas para a discussão sobre diversidade sexual na escolas. A votação foi marcada por grande embate entre os vereadores e, depois, de manifestos contrários de líderes religiosos.

Embora tenha diminuído o tom, Marinho não deixou de atacar o comportamento de determinados vereadores nos dias que antecederam os trabalhos legislativos. Sem citar nomes, o petista repudiou o material que foi divulgado pela internet e revelou que chegou a ser questionado por sua filha. “Eu disse a ela que conhecia o pai que tinha. Isso foi um absurdo total que muita gente espalhou pelas redes sociais. Mentiras e rasteiras por mero oportunismo eleitoral”, alfinetou.

O vereador da oposição Julinho Fuzari (PPS) e os governistas Rafael Demarchi (PSD) e João Batista (PTB) foram os mais enfáticos em manifestos a favor da proibição ao termo ideologia de gênero na redação original do Plano de Educação.

O prefeito garantiu que a definição em torno da emenda ocorrerá somente no ano que vem. “Não levantarei recesso (da Câmara) para discutir veto. Não sou insano”, alegou. 




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