Retirar manchas, amarelados e até mau cheiro definitivamente não é uma tarefa simples. Principalmente quando elas se encontram no interior do veículo e envolvem toda a estrutura, desde a forração, carpete, bancos, passando pelo teto, painel, laterais e chegando até o porta-malas.

Ao contrário do que se pensa, a higienização interna não deve ser feita somente quando o veículo é vítima de enchentes - época de aumento significativo na procura pelo serviço -, mas também em situações de excesso de sujeira, manchas, ou até mesmo pela idade do automóvel.

O serviço doméstico não resolve. A higienização completa necessita de olhares atentos de profissionais capacitados, produtos específicos de limpeza para cada material, além de fungicidas e bactericidas. Segundo Rodrigo Sereno, proprietário do lava rápido PersoLav, em Santo André, os profissionais são treinados para observar todo o interior do veículo. "Além dos bancos, por exemplo, a limpeza é feita nos trilhos e nos porta-objetos", explica.

Cláudia Fudoli, proprietária do lava rápido Poli Smurff's, em São Bernardo, esclarece que há dois tipos de lavagem: a seco ou molhado. "O serviço adequado depende da sujeira do veículo. No caso de enchente, quando o veículo fica alagado, temos que retirar as capas e lavar, como se fosse roupa suja", diz.

Sereno ressalta que apesar de alguns estabelecimentos divulgarem a realização do trabalho de limpeza, é preciso ficar alerta e conferir se a higienização foi feita completamente. "Já tivemos casos de clientes que pagaram pelo serviço e nos procuraram para refazer o trabalho, pois seus automóveis haviam sido mal limpos", comenta.

O proprietário que procurar o serviço especializado na região pode encontrar valores que variam de acordo com o tamanho do veículo. Os preços oscilam entre R$ 180 e R$ 300.

Depois de limpo e higienizado, o veículo fica com aparência renovada e, dependendo do lava rápido, com aromatização, pronto para ser usado

PRODUTOS

O mercado disponibiliza diversos produtos específicos de uso profissional para limpeza, remoção de bactérias e aromatização. Porém, são vendidos diretamente de fábrica e no atacado, consequetemente, os produtos se tornam caros, o que não compensa para o consumidor final.

Banco de couro exige cuidados

Os bancos de couro necessitam de cuidados especiais. Além de limpar o revestimento, é preciso hidratá-lo para que não resseque e rasgue. De acordo com Rodrigo Sereno, proprietário do lava rápido PersoLav, em Santo André, um dos erros mais comuns é tentar retirar, por exemplo, rabiscos de caneta dos bancos usando álcool puro ou até mesmo solvente - ambos produtos corroem o couro. Outra ação que não deve ser feita é usar desengordurante. Inicialmente pode resolver, mas com o passar do tempo resultará em manchas. E jamais use solvente ou produtos químicos para lavagem. Dica: evite exposição prolongada do couro à luz solar, isso diminui a resistência do tecido.

Claudia Fudoli, proprietária do lava rápido Poli Smurff's, em São Bernardo, esclarece que bancos com esse tipo de material não devem ser forçados na lavagem. Deve-se usar algodão umedecido e esfregar levemente para que não desbote, depois, hidrate com produtos específicos, vendidos em lojas especializadas e supermercados.