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Terreno vira lixão no Jd.do Estádio
Por Ana Carolina Negrão
Especial para o Diário
21/06/2006 | 08:01
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Por 17 anos os moradores vizinhos a um terreno na rua Carijós, no Jardim do Estádio, em Santo André, convivem com lixo e malcheiro por causa do lixo despejado no local. A área de 140 m² entre os números 3.113 e 3.127 não tem muro e se transformou num lixão. Entulho, lixo e animais mortos. Tudo é despejado no local.

“Conversei com a dona do terreno, mas ela disse que não cuida porque o caso está num processo na Justiça”, afirma a dona-de-casa Maria Caetano Ribeiro Valentim, 62 anos, que há 35 mora ao lado do terreno. De acordo com a moradora, a quantidade de lixo e o mato alto são abrigos para roedores. “Um rato subiu pelo meu muro e entrou dentro da minha cozinha.”

Segundo a moradora, por algumas vezes funcionários da Prefeitura foram ao local para fazer a limpeza. “Eles vinham num dia e no outro já estava tudo igual. O pessoal de outras ruas vêm até aqui para jogar o lixo. Nesta semana, meu marido enterrou dois cachorros mortos que jogaram no meio do terreno. É tanto descaso das outras pessoas que já jogaram lixo hospitalar há alguns anos.”

A dona-de-casa Letícia Bueno Jorge, 23 anos, mora ao lado do terreno e fica incomodada com o cheiro de carniça. “No verão, a coisa piora”, afirma. A moradora é nora da irmã da proprietária do terreno.

Segundo informações, o local foi comprado em sociedade pelas duas irmãs, que dividiram a área. A sogra de Letícia construiu uma casa enquanto o resto do terreno ficou inutilizado. “A irmã da minha sogra diz que não tem dinheiro para mandar arrumar. Há algum tempo eles estão falando em fazer um mutirão na família para limpar e tirar o mato, mas não marcam a data.”

A dona da área, que não quis se identificar, diz que não mura a área porque o imóvel faz parte de um processo judicial. Enquanto o caso não for resolvido, ela diz que não mura nem paga as multas cobradas pela Prefeitura. Ela afirmou que está programando a limpeza do local para o próximo dia 1º. “O que me deixa revoltada é que algumas pessoas saem de ruas próximas para jogar lixo lá e os prejudicados são eles mesmos. Vão até lá e jogam um sofá inteiro. Da outra vez que fiz a limpeza da área gastei R$ 1 mil com caçamba. É um dinheiro que eu poderia usar para fazer o muro e tudo ficaria resolvido. Sei que é desagradável morar ao lado de um local cheio de lixo. No momento, não tenho meios, mas pretendo fazer o muro em todo o terreno para amenizar o problema”, afirma.

O Departamento de Vias Públicas da Secretaria de Obras e Serviços Públicos notificou os proprietários em janeiro deste ano. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, foram emitidas duas multas, uma no valor de R$ 999,97 referente à falta de limpeza no local, e outra no valor de R$ 110,50 devido à falta de muramento. As multas foram emitidas em abril. Mais uma vez os donos serão notificados e terão 30 dias para realizar a manutenção. Passado esse período serão multados novamente. As multas anteriores também serão cobradas.




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