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Quem foi o faraó mais importante?
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
22/05/2011 | 07:00
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Não é possível afirmar qual foi o faraó mais importante, pois os estudiosos ainda não descobriram tudo sobre os antigos governantes do Egito. Calcula-se que o primeiro viveu há mais de 5.000 anos, mas não se sabe ao certo quantos existiram. De alguns, por exemplo, tem-se apenas o nome. Daqueles que possuem registros, no entanto, dois ficaram bastante famosos: Ramsés II e Tutancâmon.

Acredita-se que Ramsés II tenha vivido há cerca de 3.300 anos. Governou os egípcios por mais de 60 anos, período considerado longo para a época. Durante esse tempo, ganhou importantes batalhas e construiu grande número de monumentos - muitos deles ainda existem e podem ser visitados por turistas.

Tutancâmon destaca-se por outros motivos. Tornou-se faraó aos 9 anos, porém, morreu muito jovem, por volta dos 19 anos. A causa da morte sempre foi um mistério. Imaginava-se que ele tivesse sido assassinado. Pesquisas recentes, entretanto, indicam que foi vítima de malária e doença nos ossos.

SER DIVINO - Para os egípcios, o faraó era metade humano e metade divino; por isso, apenas ele tinha a capacidade de se comunicar diretamente com os deuses. Também era o responsável por elaborar as leis e atuava como juiz, comandante do exército e construtor (decidia quais monumentos seriam erguidos).

Para ocupar o cargo, portanto, era necessário que soubesse ler e escrever, além de possuir muitos conhecimentos sobre História, regilião, entre outros assuntos. Os possíveis sucessores do governante eram preparados numa escola especial para príncipes.

Mas nem sempre o faraó era substituído por um filho. Foi o que aconteceu com Tutancâmon. Como não teve descendentes, foi sucedido por seu primeiro ministro, que na ocasião tinha 63 anos.

Em geral, a população admirava e respeitava muito o faraó, mas quase não o via. Costumava aparecer apenas em cerimônias muito importantes.

 

Mulheres no comando

O Egito não foi governado só por homens. Em alguns momentos, as mulheres o comandaram. As chamadas faraonas tinham as mesmas funções dos faraós. Usavam vestimentas semelhantes e barbas postiças. A mais conhecida é Hatshepsut, que ocupou o cargo após a morte do marido, permanecendo no poder por 21 anos.

Outra mulher importante que viveu no Egito foi Cleópatra VII (existiram outras antes dessa mais famosa). Ela não era egípcia, vinha de uma família originária da Macedônia, que passou a governar o país após ser conquistado por Alexandre, o Grande. Era uma rainha muito poderosa e inteligente. Apesar da sua origem, tinha grande admiração pelos antigos egípcios.

 

Civilização é muito antiga

Os egípcios são uma das civilizações que mais tempo viveu no planeta, preservando por milhares de anos a mesma língua e cultura. Inúmeros detalhes sobre eles ainda são mistério, apesar do esforço feito por especialistas para desvendá-los.

Sabe-se que eram muito preocupados com o desenvolvimento científico, político e cultural. Fizeram descobertas na áreas da Física, Química e Medicina; desenvolveram, por exemplo, remédios e tratamentos para doenças. São responsáveis por invenções importantes, como o papiro (avô do papel, feito com fibras de planta).

Influenciaram grande parte dos povos antigos, como gregos, romanos, além da sociedade atual. Também se preocupavam com a aparência e já tinham cuidados com a higiene.

 

Ana Carolina Monteiro, 9 anos, de Santo André, adora descobrir tudo o que pode sobre a história das civilizações. Seu tema preferido é o passado do Egito; não perde um programa que passa na TV sobre o assunto. "Meu pai também gosta muito disso. Para saber mais, pesquiso na internet e pergunto para ele", diz a menina, que às vezes pensa em ser arqueóloga.

 

Consultoria do egiptólogo Antonio Brancaglion Júnior, do Museu Nacional do Rio de Janeiro




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