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Pesquisa aponta que preço dos remédios varia até 1.181%
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
08/12/2010 | 07:04
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O consumidor paulista precisa redobrar a atenção na hora de escolher medicamentos. Isso porque pesquisa divulgada ontem pelo Procon-SP revela que a diferença nos preços praticados nas farmácias chega a 1.181,52% entre os medicamentos genéricos e até 122,23% entre os de referência. O diclofenaco é o item com maior variação entre os pesquisados.

Apesar de ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) regulamentar preços mínimos e máximos das medicações, a diferença ocorre, segundo a técnica do Procon Cristina Martinussi, porque alguns estabelecimentos preferem cobrar o menor valor cadastrado pela agência.

"Algumas redes trabalham com o preço máximo tabulado, outras com o menor. Não temos como esperar que a maioria trabalhe com o menor custo na escala, por isso, é importante que o consumidor pesquise muito antes de comprar", aponta.

Para o Procon, é fundamental que o consumidor compare os preços dos medicamentos entre os diversos estabelecimentos, não só entre marcas e genéricos, já que pode encontrar variações significativas.

"Se ele preferir o genérico em detrimento ao de referência, já vai pagar 52% menos (independentemente do local). Também é preciso comparar genéricos por marcas, porque, apesar das marcas preferidas, o princípio ativo é o mesmo, mas o preço pode ser muito diferente". A técnica ressalta que a oscilação deste mês foi a maior registrada pelo Procon neste ano, que realiza pesquisa bimestralmente. A maior diferença nos preços registrados no início do ano, por exemplo, foi de pouco mais de 400%.

Entre os medicamentos genéricos a maior diferença constatada foi no Diclofenaco Sódico com 50 mg, 20 comprimidos. O medicamento varia de R$ 0,92 até R$ 11,79, diferença em valor absoluto de R$ 10,87.

Já entre os de referência, a mior variação foi no preço do medicamento Amoxil (Amoxicilina) com 500 mg, 21 cápsulas. Que oscila R$ 27,05 em valor absoluto. 

MAIOR VARIAÇÃO - "Existem muitas promoções nas redes farmacêuticas, que concedem também descontos para quem possui cartão. No caso da pesquisa, usamos o valor de tabela do grupo, pensando que não são todos os consumidores que possuem esse método de desconto", alerta.

Para terminar, Cristina avisa que a partir de 2011 a pesquisa do Procon acontecerá semestralmente. Hoje ela é bimestral.




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