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Relatório final da CPI dos Bingos é aprovado
Do Diário OnLine
Com Agências
20/06/2006 | 18:20
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Oposicionistas conseguiram aprovar nesta terça-feira o relatório final da CPI dos Bingos. A votação do parecer do relator da comissão, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), ficou em 12 a 2. Apenas os senadores Tião Viana (PT-AC) e Ana Júlia Carepa (PT-PA) votaram contra o relatório final.

Quatro empresas e 79 pessoas foram indiciadas no documento. Entre elas estão o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o ex-ministro Antonio Palocci.

Votaram pela aprovação os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), Magno Malta (PL-ES), Augusto Botelho (PDT-RR), Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Leomar Quintanilha (PCdoB-TO), Valdir Raupp (PMDB-RO), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Wellington Salgado (PMDB-MG), Eduardo Suplicy (PT-SP), Alvaro Dias (PSDB-PR), Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e Garibaldi Alves Filho.

Nesta terça-feira, o relator chegou a congitar a possibilidade de alterar o relatório final da comissão para garantir a aprovação do documento. Entre as alterações estaria a inclusão dos nomes do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete da Presidência da República, na lista de indiciados.

"Para salvar o relatório, pode ser que isso aconteça", afirmou o relator, que alegou ter deixado os dois de fora por falta de elementos suficientes para pedir os indiciamentos ao Ministério Público.

Dois votos em separado foram apresentados ao relatório de Garibaldi. Um deles, da oposição, pedia justamente o indiciamento de Dirceu e Carvalho. O outro, de autoria do senador Magno Malta (PL-ES), pedia que o relatório final se limitasse aos fatos que motivaram a instalação da CPI, ou seja, as casas de bingo. Malta sugeriu que todo o material colhido pela comissão que não esteja relacionado aos bingos seja encaminhado ao Ministério Público, à Polícia Federal e às polícias estaduais, que darão prosseguimento às investigações.

Como o relatório final foi aprovado, a CPI está encerrada. Se o documento não fosse aprovado o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), teria que designar alguém para avaliar os votos em separado apresentados por Álvaro Dias (PSDB-PR) e Magno Malta.

Os petistas negaram que o partido vá recorrer da decisão no STF (Supremo Tribunal Federal).




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