Economia Titulo Imposto de Renda
Na região, 41,5% não
entregaram declaração

Prazo se encerra na quinta-feira, dia 30; erros de digitação e valores aproximados levam à malha fina

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
26/04/2015 | 07:00
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Na reta final do prazo para a entrega da declaração do IR (Imposto de Renda), que se encerra às 23h59 de quinta-feira, dia 30, 41,5% dos contribuintes do Grande ABC ainda não enviaram suas informações. Restam 259 mil pessoas para acertarem as contas com o Leão.

Dados da Receita Federal levantados a pedido do Diário apontam que, nas sete cidades, o órgão recebeu os dados de 625,2 mil contribuintes. Até a noite de sexta-feira, portanto, 365,5 mil declarações foram registradas, ou 58,5% do total.

A cidade que mais tem atrasados é São Caetano, onde ainda quase metade dos moradores não enviaram suas informações, 46,2% (29,7 mil pessoas). Na outra ponta, em Rio Grande da Serra faltam apenas 32,1% (1.500).

A demora na entrega da declaração se deve, em grande parte, ao fato de quanto mais tardar a acertar as contas com o Fisco, mais tempo a restituição leva para ser paga, e o montante é corrigido pela taxa Selic, atualmente em 12,75% ao ano – com perspectiva do mercado de subir para 13,25% ao ano na reunião de quarta-feira do Copom (Comitê de Política Monetária). Ou seja, o montante devolvido chegará mais ‘gordo’. O primeiro lote será pago em 15 de junho e, o último, em 15 de dezembro.

Especialistas advertem, porém, que o contribuinte não deixe para a última hora, pois, se o sistema da Receita travar, e o prazo expirar, ele terá de arcar com multa por atraso, que parte de R$ 165,74 e chega ao máximo de 20% sobre o imposto devido, mais juros de mora de 1% ao mês.

Pequenos deslizes ou alguma incoerência podem ser suficientes para reter o contribuinte na malha fina, portanto, todo cuidado com a digitação é pouco. Além disso, na hora de repassar os valores de rendimentos recebidos no ano passado e gastos com despesas médicas, é fundamental ter em mãos o documento com os valores corretos. “A Receita cruza os dados para conferir se o IR foi preenchido e declarado corretamente, se não há divergência de dados e se o contribuinte está tentando pagar menos imposto do que deve”, alerta o Sindcont-SP (Sindicato dos Contabilistas de São Paulo).

Em relação aos procedimentos médicos, o advogado do escritório LCDiniz Alexandre Faraco orienta que é possível deduzir despesas comprovadas, inclusive relacionadas à realização de cirurgia plástica com a finalidade de prevenir, manter ou recuperar a saúde física ou mental. Já procedimentos meramente estéticos, sem recomendação médica, não. “Gastos com prótese de silicone não são dedutíveis, exceto quando o valor integrar a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar como despesa médica. Desembolsos efetuados com profissionais, massagistas ou enfermeiros, por exemplo, são dedutíveis desde que o motivo seja a internação do contribuinte ou de seus dependentes e os valores igualmente integrem a fatura emitida pelo hospital”, explica. 




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