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Metalúrgicos iniciam na quinta negociações da campanha salarial
Por Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
Com AE
05/07/2005 | 08:14
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Depois da entrega da pauta de reivindicações, a FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) terá, às 14h da próxima quinta-feira, a primeira rodada de negociações da campanha salarial da categoria, que envolve o Sindicato do ABC. Será com representantes do Grupo 9 – setor de máquinas e eletrodomésticos.

A reunião acontecerá na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital. O segmento abrange cerca de 20 mil dos 300 mil metalúrgicos da base em 13 sindicatos vinculados à federação da CUT (Central Única dos Trabalhadores. A data-base é em 1º de agosto.

Além dessa negociação, a FEM aguarda ainda para esta semana o agendamento de negociações com os outros setores metalúrgicos. Nesta relação, estão as montadoras, autopeças e Grupo 10 (ramo aeronáutico e outros segmentos). A CUT foi a primeira a lançar sua campanha, ao entregar na última sexta-feira a pauta para este ano.

Entre as reivindicações, estão a reposição integral da inflação e aumento real de salários. A categoria também pede a redução da jornada de trabalho, sem corte de salários, o fim das horas extras e a manutenção da convenção coletiva.

Como outros sindicalistas da CUT, o presidente da FEM, Adi dos Santos Lima, espera ter bom resultado em relação a 2004, quando os metalúrgicos conseguiram um aumento real de 4%. "As indústrias estão com produção em alta." Como exemplo, o sindicalista citou a possível necessidade de admissões na Volkswagen de São Bernardo motivada pela entrada dos modelos Fox Europa e CrossFox. A empresa descarta novas contratações.

As outras centrais sindicais prometem fazer mais cobranças em suas campanhas, alegando situação desfavorável ao trabalhador. Os sindicatos controlados pela Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) e pela ASS (Alternativa Sindical Socialista da CUT) entregam sua pauta, às 10h desta terça-feira, na sede da Fiesp. As duas alas abrangem mais de 110 mil metalúrgicos em São José dos Campos, Campinas e Limeira, no interior do Estado.

"Enquanto as empresas tiveram grandes lucros, houve queda do salário médio", destacou o presidente do sindicato de São José dos Campos (vinculado à Conlutas), Luiz Carlos Prates, o Mancha. Esses sindicatos querem reajuste de 16% – 6% de reposição e 10% de aumento real – e redução da jornada sem diminuição de salários. Já a Força Sindical programa assembléias neste mês para entregar sua pauta em agosto. A central sindical controla o sindicato de São Paulo, de São Caetano e Santo André.

Protesto – Mais de 4 mil metalúrgicos participaram nesta segunda-feira de um ato público em defesa do emprego, realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo em frente à BSH Continental, na capital. A Força Sindical dará continuidade à mobilização, com novo protesto programado para o domingo na sua sede, no bairro da Liberdade.




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