Os autores do golpe de Estado de terça-feira na Tailândia afirmaram nesta quinta-feira que dispõem de poder para promulgar leis na ausência do Parlamento dissolvido. "No interesse do país, já que não há Câmara dos Deputados nem Senado, as leis que precisariam ser adotadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado serão promulgadas", revela uma declaração oficial divulgada pela televisão estatal.

Um dia após a prisão de um vice-premiê, os militares convocaram dois ministros ligados a Thaksin.

O general Sonthi Boonyaratglin, disse que contava com a aprovação do venerado e já muito idoso rei Bhumibol Adulyadej, para dirigir o Executivo interino. Apesar de suspender as instituições da monarquia constitucional, o chefe militar se comprometeu a devolver rapidamente o poder aos civis.

Liberdade de expressão - A aplicação do controle militar da informação se confirmou nesta quinta-feira. Os diretores dos veículos de comunicação nacionais foram convocados ao quartel-general do Exército, onde receberam a ordem de não difundir opiniões pessoais do público, geralmente enviada às emissoras de televisão sob a forma de mensagens de texto telefônico (SMS).

Mais cedo, os coordenadores do golpe proibiram os partidos políticos de realizarem manifestações ou qualquer tipo de atividade. "Para manter a lei e a ordem, as reuniões de partidos políticos e a organização de outras atividades políticas ficam proibidas", afirmou o apresentador do canal, 48 horas depois do golpe de Estado militar que derrubou o primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.