Política Titulo Por 13º
Em Ribeirão, Saulo admite atrasar salários de secretários

Prefeito alega dificuldades financeiras, mas garante vencimentos de servidores efetivos

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
16/11/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), admitiu a possibilidade de atrasar o adiantamento dos salários dos secretários, adjuntos e assessores da Prefeitura. O peemedebista alegou que há dificuldades financeiras decorrentes de “dívidas extraídas no passado” e que a necessidade de garantir o pagamento da segunda parcela do 13º prejudicou o cronograma financeiro do Paço.

Apesar das dificuldades, o chefe do Executivo assegurou que os servidores efetivos não serão penalizados. “A arrecadação na segunda quinzena de cada mês é sempre melhor. Eu tive de negociar várias dívidas feitas no passado. Assumimos (a administração) com o caixa negativado”, argumentou o chefe do Executivo.

Saulo tem até amanhã para depositar o adiantamento nos contracheques dos funcionários do primeiro e do segundo escalão. Até sexta-feira, o peemedebista ainda não tinha definição sobre a necessidade de atrasar ou não os salários dos aliados.

“Os funcionários sabem da situação difícil que estamos passando. Até hoje não atrasei um dia o salário dos (servidores) efetivos”, salientou o peemedebista, que negou possível desgaste político com comissionados por conta do atraso no pagamento. “Se (o atraso) ocorresse com os concursados, penso que teria problemas”, analisa. Segundo o prefeito, o atraso afetaria cerca de 60 funcionários apadrinhados, que recebem os maiores salários do Paço.

A fim de aumentar a arrecadação neste fim de ano, Saulo enviou à Câmara projeto que cria programa de quitação de débitos com a administração. A proposta garante desconto de 100% de multas e juros para quem quitar dívidas de até R$ 30 mil à vista. O parcelamento será possível apenas para débitos acima deste valor. O texto já foi aprovado no Legislativo e segue para sanção do prefeito.

“Nós pegamos a cidade no vermelho, no Serasa. Nós tivemos de renegociar uma dívida do passado que consumiu um valor razoável. Se eu não renegocio esse débito a cidade volta a ficar no vermelho e, se isso acontecer, corremos o risco de perder os convênios”, enfatizou o chefe do Executivo.
Para 2015, Saulo prevê arrecadar 12% a menos que neste ano. A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) projeta orçamento de R$ 257,8 milhões, ante R$ 292,6 milhões previstos para 2014. 




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