Fraude de R$ 15 milhões contra a Receita Federal levou para a cadeia dois empresários paraenses acusados de vender a diversas pessoas, com deságio de 40% a 50%, créditos inexistentes para fim de compensação tributária.

Com prisão preventiva decretada pelo juiz da 3ª Vara Federal de Belém, Rubens Rollo D'Oliveira, os empresários Valmo Raimundo Maia Cardoso e Augusto César Campos Mendes estão numa cela da superintendência da Polícia Federal desde o dia 27.

Foram, ao todo, 168 transações desse tipo investigadas pela Operação Cupim. Ambos estavam foragidos e seriam os líderes de organização criminosa da qual fazem parte outros 22 empresários já denunciados pela procuradora da República, Maria Clara Barros Noleto.

A principal acusação é de falsidade ideológica, crime pelo qual, caso sejam condenados, poderão pegar até oito anos de cadeia. Rollo D'Oliveira rejeitou pedido dos advogados de Cardoso e Mendes para revogar a prisão de ambos.

O Ministério Público Federal diz na denúncia que Cardoso e Mendes são sócios da empresa Serasse Comércio e

Serviços de Assessoria Empresarial. Com a oferta de deságio pela metade eles atraíram muitos clientes. Cheques pré-datados, automóveis de luxo e dinheiro em espécie foram utilizados na contratação desse serviço irregular.

A Receita Federal em Belém informou que a atuação dos negociadores de créditos inexistentes já vinha sendo combatida há três anos pelo órgão.