Terceira suplente do PT na Câmara de Santo André, Silvana Silva almeja ser candidata a deputada federal, contrariando o consenso de candidatura única do partido na cidade à Câmara dos Deputados, condição estabelecida pela direção em aposta à reeleição de Vanderlei Siraque.

Para levar a empreitada adiante, ela confia na lei eleitoral 9.504/97, que determina aos partidos políticos ter pelo menos 30% de um dos gêneros (geralmente mulheres) entre os postulantes a cargos eletivos.

A petista já apresentou o desejo ao prefeito, Carlos Grana (PT), e pretende dialogar com Siraque e com o presidente do diretório petista local e pré-candidato a deputado estadual, Luiz Turco.

“Quando conversei com o prefeito (Grana), ele disse que era legítimo eu pleitear a candidatura a deputada federal”, disse Silvana, que trabalha no Conselho Municipal de Saúde.

Filiada ao PT desde 2003, ela integra a corrente PTLM (PT de Lutas e Massas), minoritária na sigla, que tem como principal expoente o ex-deputado federal e atual secretário de Transportes da Capital, Jilmar Tatto.

Em 2010, Silvana se tornou a primeira mulher negra a ser empossada no Legislativo andreense, ao substituir por 15 dias José Montoro Filho, o Montorinho (PT), que tirou licença médica no período.

A petista disputou a vereança pela primeira vez em 2004, conquistando 1.350 votos. Quatro anos depois, teve 2.458 adesões, assegurando a condição de primeira suplente do PT na Casa. Na última eleição para vereador, teve 2.310 votos.

Ela acredita que pode surpreender nas urnas. “Disputa eleitoral você nunca sabe como vai ser, por isso acredito que posso ter uma boa votação, já que não tenho rejeição nem o nome desgastado”, avaliou.

Luiz Turco avaliou de forma natural o desejo de candidatura de Silvana Silva, mas reconheceu que os únicos candidatos oficiais do PT andreense no momento, inclusive com apoio do governo, são ele e Siraque.

Segundo Turco, a definição dos candidatos ocorrerá durante encontro estadual do partido, provavelmente em maio.