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Região se une para aumentar atendimento de casos gripais

Encontro virtual no Consórcio define como prioridade a abertura de mais vagas ambulatoriais

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
12/01/2022 | 00:46
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Celso Luiz/DGABC


Reunião entre prefeitos e representantes dos sete municípios da região, ontem, no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC definiu que as cidades vão tratar com prioridade a ampliação de capacidade de atendimento para pacientes com síndrome gripal. O colegiado entende que os casos de Influenza (gripe) combinado com os de Covid-19 cheguem ao pico entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro, quando os municípios devem estar preparados para suportar a alta demanda por atendimento ambulatorial. No encontro, os líderes municipais descartaram medidas restritivas ao comércio neste momento e mantiveram o retorno presencial das aulas no dia 8 de fevereiro.

Prefeito de Santo André e presidente do Consórcio, Paulo Serra (PSDB) disse que as cidades têm percebido alta procura por atendimento ambulatorial, mas, devido ao andamento avançado da vacinação contra a Covid no Grande ABC, a maioria dos casos é leve e que não necessita de internação, sendo essa a principal diferença entre o momento atual e os picos da pandemia de Covid. Até ontem, de acordo com os boletins enviados pelas prefeituras, 98% dos moradores da região com 12 anos ou mais já haviam recebido a primeira dose e 91,4% estavam com o esquema vacinal completo, sendo que 29,3% dos adultos já receberam o reforço.

“Nossa preocupação é com o aumento no número de casos de síndrome gripal. Todas as cidades se comprometeram a fazer grande esforço para aumentar a capacidade de atendimento para conseguir suprir a demanda. Graças à cobertura vacinal, o Grande ABC é uma das regiões que mais vacinaram no Estado de São Paulo, não há pressão por internação. Os casos são casos leves, tanto de síndrome gripal como de Covid”, avaliou Paulo Serra.

O Consórcio enviou ontem ao governo estadual ofício pedindo ajuda na liberação de leitos municipais que estão ocupados por pacientes que aguardam encaminhamento para hospitais do Estado para tratamentos mais complexos. De acordo com Paulo Serra, ontem eram 18 pessoas nesta situação no Grande ABC. “São pessoas que estão em leitos municipais aguardando por vaga no sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) do governo do Estado. Estamos pedindo agilidade para a transferência dessas pessoas para que esses leitos possam ser ofertados para pacientes com síndrome gripal ou Covid”, explicou o tucano.

SEM RESTRIÇÕES
Os representantes das cidades entendem que a alta nos casos de Covid e de síndrome gripal, observada com mais força desde a virada do ano, ainda não exerce pressão sobre as vagas de internação disponíveis nos sistemas de saúde e por essa razão não é necessário estipular restrições ao comércio. “Vamos manter reuniões semanais no Consórcio para acompanhar o andamento dos casos, mas, neste momento, não há motivo para restrições de horário e ocupação nos comércios”, comentou o prefeito Paulo Serra.
Ontem, de acordo com dados da SP Covid Info Tracker, plataforma gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), a ocupação de leitos de Covid no Grande ABC era de 44,6% nas vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 42,2% nas enfermarias.


Sto.André terá 40 consultórios exclusivos a partir do dia 24

O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), anunciou ontem, depois da reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que a cidade vai abrir 40 ambulatórios de campanha a partir do dia 24. As estruturas exclusivas para atendimento de síndrome gripal vão funcionar no ginásio da UFABC (Universidade Federal do ABC), no Bangu, e na Associação dos Servidores do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), na Vila Pires.

Os ambulatórios serão porta aberta e vão funcionar nos moldes dos hospitais de campanha. No total a capacidade dos dois ambulatórios será de 5.000 atendimentos diários, o que equivale ao funcionamento de três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
“Nestes locais os pacientes vão passar por consultas com os médicos, terão acesso aos testes e medicamentos. Temos percebido que a demanda atual é por atendimento ambulatorial e não por leitos de internação, então usamos a expertise que tivemos com os hospitais de campanha para montar esses laboratórios”, explicou Paulo Serra. “Essa alta demanda é observada não apenas na rede pública. Hoje (ontem) rodei pelas UPAs e centros particulares e percebi que o atendimento na rede municipal está até mais rápido do que nos hospitais particulares”, acrescentou.

OUTRAS CIDADES
A Prefeitura de São Bernardo também ampliou o acesso aos ambulatórios. Por meio de nota, a cidade informou que “desde o dia 5 de janeiro disponibiliza atendimento exclusivo para sintomáticos gripais nas 33 UBSs (Unidades Básicas de Saúde). A medida ampliou a capacidade do acolhimento para 45 equipamentos da rede municipal, que inclui ainda as nove UPAs, o Pronto Atendimento do Taboão e os dois Centros Comunitários de Covid, com capacidade média de 5.000 atendimentos diários para casos de síndrome respiratória”.
Em São Caetano, a partir de hoje os testes para identificar a Covid serão realizados no Cise (Centro Integrado de Saúde e Educação) Dr. Moacyr Rodrigues (Rua Rafael Corrêa Sampaio, 601, bairro Santa Paula), exclusivamente para moradores da cidade com atendimentos agendados pela plataforma Disque Coronavírus (coronasaocaetano.org ou 0800 774 4002). Os atendimentos a casos de síndromes gripais são realizados na UBS Caterina Dall’Anese (Rua Prates, 430, bairro Olímpico) e na Carreta Saúde em Movimento (ao lado do Hospital de Emergências Albert Sabin), todos os dias da semana, das 7h às 23h.

As administrações de Diadema e Ribeirão Pires informaram que têm reforçado as equipes médicas para dar conta da alta demanda, além de intensificar a testagem. A Prefeitura de Rio Grande disse que as ações estão sendo discutidas com o novo secretário de Saúde, Walter Cordoni, que assumiu o cargo na segunda-feira. A Prefeitura de Mauá não respondeu até o fechamento desta edição. AF
 




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