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Sem energia elétrica, empresa
de São Bernardo perde R$ 350 mil
Por Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
10/03/2011 | 07:01
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Ter a nova sede da sua empresa com máquina produzindo a todo vapor virou novela para a responsável pelo departamento financeiro e administrativo da Sarro, que produz vestuário corporativo, Luciene de Castilho Cunha. Isso porque a executiva aguarda, há quase quatro meses, que a Eletropaulo faça o serviço de mudança na tensão elétrica.

Enquanto isso, o equipamento novo, orçado em R$ 400 mil, está parado e a empresa amarga prejuízos de R$ 350 mil em peças não entregues.

"Está tudo parado. Não tenho como comportar mais funcionários no atual galpão. Nem mesmo a instalação da máquina, porque a cabine primária não está pronta", diz Luciene, que pagou taxa de R$ 589,18 no dia 25 de novembro para que a Eletropaulo desse início à contagem do prazo, que é de 90 dias. Só em janeiro houve uma resposta da companhia de energia elétrica, que alegou que não faria obras por conta das chuvas.

Depois de muita insistência da executiva, a visita foi agendada para o dia 3, quando o prazo já havia expirado. Apesar do agendamento, o serviço não foi cumprido na data estipulada. Os funcionários da companhia disseram que teriam que interromper o trabalho devido à expectativa de chuva.

"Não tinha nem uma nuvem no céu e nem choveu. Ficaram lá apenas meio período, sendo que o engenheiro que contratei para fazer a minha parte do serviço disse que era possível terminar tudo em um dia."

Desde então ela não consegue informações quanto à obra por e-mail tampouco por telefone, com a Eletropaulo. "Até lá (no posto de atendimento da companhia de energia elétrica) eu fui e não resolveram."

ATRASOS - Luciene frisa que a infraestrutura da sua empresa pode entregar, hoje, de 10 mil a 15 mil peças mensais aos seus clientes - hospitais e companhias aéreas. A nova máquina multiplicaria a produção em até seis vezes - entre 50 mil a 60 mil por mês. Ela recorreu ontem à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para se queixar da distribuidora. "Estou muito atrasada com pedidos da Gol (companhia aérea), por exemplo, porque não pude mudar de galpão."

Depois de feita esta etapa, a empresa são-bernardense ainda terá de requerer TCs (Transformadores de Corrente) à Eletropaulo, instalá-los por conta própria e esperar pelo aval da companhia de energia elétrica para a mudança de tensão.

A Eletropaulo diz que adiou a obra para o dia 15 devido a condições climáticas, pois a rede precisa estar energizada para conclusão do serviço. "Até a umidade do ar compromete os padrões de segurança que a empresa cumpre", diz.




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