A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) implantará seis estações de monitoramento da qualidade das águas em todo o Estado, sendo uma delas em Ribeirão Pires. O investimento de R$ 8 milhões prevê ainda a modernização dos 14 pontos já existentes no prazo de três anos.

As estações são responsáveis pela análise de parâmetros básicos da água utilizada principalmente para abastecimento humano, como pH, temperatura, turbidez, oxigênio dissolvido e condutividade, observa o engenheiro e gerente do setor de hidrologia da companhia, Luis Altivo Carvalho. “Esses dados são registrados e transmitidos para o banco de dados da Cetesb. Em caso de alterações, nós comunicamos a agência ambiental responsável pela área.”

No caso de Ribeirão Pires, o ponto de análise ficará localizado no rio que dá o nome à cidade, na Avenida Brasil, nas proximidades da sede do Corpo de Bombeiros. “Esse local é importante porque o Ribeirão Pires é um dos principais afluentes da Billings. É preciso acompanhar com atenção se há evento de mancha poluidora no local e, com isso, valorizar a represa, que é um dos principais mananciais da Região Metropolitana”, explica Carvalho.

A estação de Ribeirão Pires custará entre R$ 500 a R$ 600 mil, segundo o engenheiro. “É um investimento razoável e, por isso, a escolha do local de implantação deve ser criteriosa”, diz. A partir de agora, a companhia dará início ao processo licitatório para contratação da empresa responsável pelas obras.

O Grande ABC já conta com outras duas estações de monitoramento da qualidade das águas, ambas em São Bernardo: uma no braço Rio Grande, da Billings, próxima do ponto de coleta de água por parte da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e outra na barragem Summite Control, nas proximidades da Serra do Mar.

Em operação desde 1998, a rede é ferramenta para o diagnóstico da qualidade dos recursos hídricos do Estado. Além dos mananciais de abastecimento público, são avaliados rios que passam por processos de despoluição, como o Tietê (quatro estações).

Além das estações, sala de situação será implantada na sede da Cetesb, na Capital. O espaço possibilitará a visualização e acompanhamento dos dados gerados pelas estações. “Pode acontecer, por exemplo, de ser observada mancha de poluição e, em caso de suspeita de lançamentos irregulares, ser iniciado processo de investigação”, destaca Carvalho.