Economia Titulo Navios
Cruzeiros vão abrir 4 mil vagas

Há empregos para o período em que os navios permanecerão na Europa e nos EUA e também para o Brasil, no 2º semestre

Cibele Gandolpho
Do Diário do Grande ABC
04/03/2010 | 07:00
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A temporada de vagas em cruzeiros marítimos 2009/2010 está terminando e as contratações para a próxima fase já começaram. Há vagas para o período em que os navios permanecem na Europa e nos Estados Unidos e também para o Brasil, no segundo semestre.

Os principais atrativos que levam muita gente a procurar emprego em cruzeiros são a possibilidade de ganhar dinheiro conhecendo várias cidades, e até águas internacionais, e ainda reduzir o custo de vida, já que, enquanto embarcado, o funcionário não gasta com hospedagem e alimentação. Os salários variam de US$ 3.000 a US$ 10 mil por temporada. E, dependendo onde o tripulante atue, o pagamento é em euro.

A Abremar (Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas) estima a criação de 4.000 vagas na temporada de 2009 a 2010, 1.200 a mais do que na temporada anterior, quando foram criados 2.810 postos dentro dos navios. Somando os empregos diretos (a bordo) aos indiretos (em agências e em portos), essa soma chega a 39 mil postos de trabalho.

"De acordo com a legislação brasileira, pelo menos 25% das tripulações dos cruzeiros que passam pela costa do País devem ser brasileira, o que impulsiona a contratação para os cargos", afirma Ricardo Amaral, presidente da Abremar.

A empresa Infinity Brazil já começou a recrutar profissionais para a próxima temporada brasileira. São 500 oportunidades em diversas áreas, como restaurante, bar, limpeza, recreação, fotografia, massagista, manicure e cabeleireiro. Segundo a companhia, no último ano, foram recrutados cerca de 2.000 jovens para companhias como Royal Caribbean, Costa Cruzeiros, MSC Cruzeiros, Image Group, Straboard Services e Ocean View, além de viagens para a Disney.

A empresa dispõe, por exemplo, de 100 vagas para assistente de garçom, entre 18 e 35 anos, cujo salário varia de US$ 550 a US$ 1.200. Há também oportunidades para vendedores, fotógrafos, massagistas, cabeleireiros, técnicos de áudio e camareiros. Para participar, basta preencher o cadastro no site www.infinitybrazil.com.br.

Durante o ano inteiro, Sea Man Work contrata funcionários para cruzeiros no Brasil e no Exterior. Agora, por exemplo, a companhia dispõe de postos para barman. É preciso falar inglês, ter, no mínimo, 21 anos e pelo menos um ano de experiência na área. Os interessados devem enviar currículos para rh.msc@seamanwork.com.

A Sun & Sea contrata para as áreas de culinária, bar e restaurante, recepção, recreação, esportes e outras como técnicos de iluminação, som e vídeo. O site para envio de currículos é www.trabalhoabordo.com.br.

Outra empresa é a World Map Ship Jobs, que tem vagas para garçons, bartenders, camareiras, cozinheiros, médicos, enfermeiras, entre outros. O e-mail para se candidatar é curriculo@shipjobs.com.br.

Abremar registra aumento de 40% no número de turistas

Faltando apenas três meses para o fim da temporada no Brasil dos cruzeiros marítimos, as companhias já estão, em média, com 90% de suas cabines vendidas, ou seja, 760 mil pessoas já compraram viagens. Esse número, segundo a Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) representa aumento de 40% na quantidade de cruzeiristas na comparação com a temporada passada, que no total somou 540 mil turistas.

O presidente da Abremar, Ricardo Amaral, acredita que no fim de maio, quando acaba a temporada, cerca de 900 mil pessoas terão viajado a bordo dos 18 navios que vieram ao Brasil.

Para 2010, o número de turistas deve aumentar 6,4% neste ano, em todo o mundo, ou seja, chegar a 14,3 milhões, de acordo com a previsão da CLIA (Cruise Lines International Association). O maior número de viajantes (10,7 milhões) deverá sair dos Estados Unidos. Os demais, 3,6 milhões, serão de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, onde o mercado de cruzeiros se expandiu rapidamente desde o fim da década de 1990.

Amaral revela que essas viagens atraem não só classes mais elevadas como também turistas de menor poder aquisitivo. A prova disso é a quantidade de vendas feitas a prazo. "Independentemente da classe social, o parcelamento tem atraído cada vez mais simpatizantes e derrubado o mito de que só quem tem muito dinheiro faz viagem de Cruzeiro", explica.




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