Setecidades Titulo São Bernardo
Menino de 2 anos tem o fêmur quebrado em escola municipal

Médico da família diz que, pela lesão, garoto teria caído de altura mínima de 1,5 metro

Rafael Ribeiro
29/10/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Esclarecimento. É o que busca a auxiliar administrativa Bianca Scheila Torquato Dias, 21 anos, moradora do Jardim Monte Sião, em São Bernardo. O filho dela, David, de 2, teve o fêmur direito quebrado ao meio dentro da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Cícero Porfílio dos Santos, no Alvarenga, no dia 18.

O fêmur é o osso mais longo do corpo humano, ligando o quadril à coxa e ao joelho. Funcionários alegaram à família que o menino dormia em um colchão no chão e se feriu ao cair enquanto acordava. Os médicos que o atenderam, no entanto, garantem que, para se machucar daquele jeito, era necessária uma queda de, no mínimo, 1,5 metro.

Chamada à escola por volta das 11h daquele dia, Bianca suspeitou da história que lhe foi contada. Conforme a auxiliar, após a lesão foi aplicado gelo nos pés da criança. A família ficou irritada ao saber que as professoras não estavam por perto no momento do acidente e recusaram a ajuda oferecida, levando o garoto por conta própria a um hospital particular.

 “Eu vi a perninha dele inchada e não acreditava que ele só tinha caído do colchão. Quando o médico nos disse, fiquei inconformada. Queremos só que eles nos digam a verdade, falem o que aconteceu, se ele estava no parquinho e caiu no escorregador”, disse a auxiliar administrativa.

Este não foi o primeiro acidente na escola envolvendo David, que estuda lá desde janeiro. Segundo a família, há quatro meses ele voltou para casa com profundo corte no polegar esquerdo, mas o caso não foi levado adiante.

Desta vez, para cobrar explicações, um Boletim de Ocorrência foi registrado no 3º DP (Assunção) da cidade. A Polícia Civil investiga o caso como queda acidental e um inquérito será aberto. A família também contratou um advogado. A Secretaria Municipal de Educação informou aos parentes que não foi comunicada pela diretoria da escola sobre o ocorrido. Reunião para tratar do assunto foi marcada para hoje. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou ao Diário que, em razão do feriado do dia do servidor público, não conseguiria levantar mais detalhes sobre o caso.

Enquanto o assunto não é esclarecido, o menino ficará pelos próximos 42 dias engessado da cintura para baixo. Depois, continuará a ficar imobilizado, mas somente na perna atingida. Bianca ficará ausente do trabalho nesse período para cuidar do filho.




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