Claúdio Conz Titulo
Unidos para construir o Brasil

Em agosto de 2006, o setor da construção civil decidiu se unir em torno de interesses comuns e do crescimento do País

Por Cláudio Conz
09/09/2010 | 00:00
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Em agosto de 2006, o setor da construção civil decidiu se unir em torno de interesses comuns e do crescimento do País. Criamos então a UNC (União Nacional da Construção), instituição representativa de mais de 90 entidades da cadeia produtiva do nosso setor, inclusive a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), da qual sou presidente. Na época, também estávamos em período eleitoral e a ideia era apresentar nossos projetos e propostas aos candidatos à presidência, para que pudéssemos colaborar de forma decisiva para seus planos de governo e para o desenvolvimento de nossa nação.

Nessa época, a UNC, em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas) desenvolveu estudo chamado de "A Construção do Desenvolvimento Sustentado", que provava que, se o Brasil queria mesmo crescer, seria inevitável passar pelo setor da construção civil.

Afinal de contas, se é preciso investir em Saúde, faz-se necessário a construção de hospitais; em educação, é preciso construir escolas; em transporte, é preciso melhorar as estradas, e assim por diante. O estudo propunha investimentos de R$ 206 bilhões no setor da construção, para que o Brasil pudesse ter crescimento sustentado e estabelecia investimentos em habitação de interesse social, infraestrutura e saneamento. Em dezembro desse mesmo ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu representantes da União Nacional da Construção Civil, em audiência realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Fui um dos que puderam falar em nome da UNC. O objetivo do encontro foi a apresentação desse plano de desenvolvimento e sentimos que estávamos sendo ouvidos.

Na sexta-feira, dia 3, cerca de 70 representantes de diversos segmentos da construção civil se reuniram na câmara da construção da Fecomércio, em São Paulo, para discutir os rumos da UNC 2 (União Nacional da Construção 2). Desde o início do ano, a UNC está se reunindo e organizando questões técnicas. Agora no período eleitoral, estamos conversando com as equipes dos principais candidatos à Presidência da República. Seja qual for o vitorioso, é importante darmos continuidade ao trabalho que tem sido feito pelo setor da construção civil. Queremos nos colocar à disposição para atuar como uma "consultoria", para ajudar o governo a pensar os melhores rumos para o País.

Nossa força e nossa contribuição está justamente nossa união. Temos de nos organizar para acompanhar a transição de governo, trazendo novas ideias e defendendo os interesses da cadeia e do Brasil. Acredito que, de estagnado, agora somos um setor virtuoso, com crescimento sustentado, espírito de trabalho em grupo. Queremos ser um setor ativo e apresentar propostas ao governo e ao Legislativo, além de estabelecer estratégias de acompanhamento das ações para os próximos anos.
Acredito que um dos maiores desafios para nós da construção nesse momento é fazer com o saneamento o mesmo que fizemos com a habitação. Recentemente, foram divulgados dados do IBGE sobre a situação do saneamento básico em todo o Brasil (cheguei até mesmo a comentar sobre este assunto nessa coluna), e pudemos constatar que ainda temos muito trabalho pela frente.

Sem nossa união não será possível trabalharmos pelo bem comum. A organização de nossa cadeia mostrou que é possível que um setor se articule em prol do bem do País. Desoneração tributária, programas para a construção de habitação popular, aumento do crédito e diversas outras medidas favorecem não apenas nosso setor e o empresariado, mas também à população de forma geral, em especial os que mais precisam. Vejo que a maneira como nosso segmento se articulou tem sido muito positiva. Ainda há muito o que fazer, muitas diferenças para superar, mas estamos dispostos a trabalhar muito para contribuir e crescer juntos.

Se todos os setores da nossa economia tivessem esse espírito, imaginem só como nós poderíamos produzir. Precisamos atuar junto ao governo, trazer propostas, tomar a iniciativa. Isso é participação política e cidadania. Organizar fóruns, fazer pesquisas, propor soluções que em prol da maioria, sem esquecer que muitas vezes, o interesse de alguns pode ser o interesse de muitos. Isso tudo ajuda o Brasil a entrar no rumo certo, ajuda na melhoria de vida das pessoas, colabora com estratégias inteligentes que geram melhoria na qualidade de vida dos brasileiros e, consequentemente, todos acabam beneficiados.




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